Compartilhar:
Ministros de cinco pastas discutem denúncias de espionagem e ações
Criado em 09/07/13 11h19
e atualizado em 09/07/13 11h40
Por Renata Giraldi
Edição:Graça Adjuto
Fonte:Agência Brasil
Brasília – Os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), José Eduardo Cardozo (Justiça), Celso Amorim (Defesa), Paulo Bernardo (Comunicações) e José Elito (Gabinete de Segurança Institucional) estão reunidos para analisar as ações a serem adotadas em relação às denúncias de existência de um esquema de espionagem a cidadãos brasileiros por parte dos Estados Unidos. A conversa, segundo assessores, vai detalhar as orientações da presidenta Dilma Rousseff sobre os aspectos referentes à soberania, à segurança e aos pedidos de punição para os responsáveis, assim como solicitações de esclarecimentos.
A ideia é que a partir de reuniões como esta cada área envolvida nas providências adotadas pelo governo possa atuar em parceria e coordenação.
Leia também:
Câmara e Senado se mobilizam para discutir denúncia de espionagem a brasileiros
Após denúncias de espionagem, governo pedirá agilidade na votação do Marco Civil da Internet
Brasil pede explicações aos Estados Unidos sobre espionagem eletrônica
Ontem (8) em Belo Horizonte, Patriota reiterou sua preocupação com as denúncias. Segundo ele, é fundamental aprofundar as discussões. O jornal O Globo publicou reportagens informando que teve acesso a dados obtidos pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden, que trabalhava em prestadora de serviços para a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, indicando que cidadãos brasileiros foram monitorados.
As reportagens mostram ainda que havia uma espécie de escritório da NSA em parceria com a Agência de Serviço de Inteligência norte-americana (CIA) em Brasília. O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou a veracidade das informações, mas não entrou em detalhes.
Dilma determinou ontem uma série de providências. A Polícia Federal coordena as investigações, que serão conduzidas em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apurar se houve monitoramento pelos norte-americanos de telefonemas e transmissões de dados de empresas e pessoas brasileiras.
Paralelamente, o Ministério das Relações Exteriores deve recorrer à Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de definição sobre normas claras de comportamento para os países quanto à privacidade das comunicações dos cidadãos e à preservação da soberania dos demais Estados. Também deve pedir providências à União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra, na Suíça, para o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança do setor.
Edição: Graça Adjuto
Deixe seu comentário