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Senadores cadastrarão assessores para conhecer investigações da Lava Jato

Criado em 18/06/14 15h55 e atualizado em 18/06/14 16h09
Por Karine Melo Edição:Beto Coura Fonte:Agência Brasil

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse nesta quarta-feira (18) que os inquéritos relativos à Operação Lava Jato estão à disposição dos senadores que participam da comissão.

Ele explicou que as informações estarão liberadas para consulta a partir de acerto técnico da Secretaria Especial de Informática do Senado para leitura dos documentos entregues pela Justiça Federal de Curitiba. A partir daí garantiu, os membros da CPI do Senado e da CPI Mista poderão cadastrar dois assessores cada para estudar o material.

Como as informações estão sob segredo de Justiça, os parlamentares que desejarem acesso aos documentos terão que assinar um termo no qual se comprometem a manter os dados secretos, sob pena de incorrerem em crime de responsabilidade.

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A CPI do Senado continua disposta a ouvir o ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge. O ministro é o relator do processo em que o TCU investiga denúncias de irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Ele foi convidado a prestar esclarecimentos na CPI, mas não compareceu porque, segundo ele, o Congresso não têm competência para chamar ministros do TCU para depor.

O senador Vital do Rêgo reforçou que a competência da CPI será analisada na próxima reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas a data não foi determinada. “Das 70 perguntas elaboradas pelo relator [José Pimentel (PT-CE)], 35 são vinculadas ao TCU. Isso quer dizer que o TCU tem muito a nos oferecer”, ressaltou o senado,r que chegou a conversar com o ministro pelo telefone depois da recusa, mas não conseguiu convencê-lo a mudar de ideia.

Hoje foi a vez do gerente de Engenharia de Custos da Petrobras, Alexandre Rabello, prestar esclarecimentos à Comissão. O executivo não soube detalhar as investigações do TCU, mas destacou que existem vários debates com o tribunal. “Os apontamentos do TCU sobre a [Refinaria] Abreu e Lima se repetem em processos diferentes, e estão sendo debatidos tecnicamente com a Petrobras”, disse.

De acordo com o TCU, o valor inicial da refinaria instalada em Pernambuco foi estimado em US$ 2,4 bilhões, mas o custo chega a US$ 18 bilhões. A auditoria do tribunal, iniciada em 2008, verificou irregularidades na elaboração do projeto e execução das obras de terraplenagem, drenagem e pavimentação da unidade industrial. São investigadas também faturas de serviços não previstos e aditivos de contratos.

Alexandre Rabello não respondeu as perguntas sobre a Operação Lava Jato porque, segundo ele, as investigações não dizem respeito à área de sua responsabilidade. Ele disse também que não conhece pessoalmente Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso pela Polícia Federal suspeito de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Perguntado sobre o atraso na construção da Refinaria Abreu e Lima, o gerente negou que a produtividade seja baixa nas obras da empresa. Para ele “os índices de produtividade são apropriados e adequados à indústria do petróleo”.

Na semana que vem a CPI do Senado ouve a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard.

Editor Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

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