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O presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, durante depoimento na CPI da Petrobras

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Presidente da Mitsui nega envolvimento em esquema de pagamento de propina

Criado em 05/08/15 19h31 e atualizado em 05/08/15 19h46
Por Luciano Nascimento Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Em depoimento na Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o presidente da empresa Mitsui no Brasil, Shinji Tsuchiya, disse não ter conhecimento de que a empresa tenha se envolvido com qualquer ação ilícita na Petrobras.

O presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya durante tomada de depoimento do empresário para a CPI da Petrobras (Valter Campanato/Agência Brasil)

Shinji Tsuchiya diz que Mitsui tem negócios com a Petrobras há mais de 20 anos (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

“De acordo com o meu conhecimento, a Mitsui não tem ou teve qualquer atuação em quaisquer práticas ilícitas com a Petrobras”, disse Tsuchiya. De origem japonesa, ele compareceu à reunião da CPI acompanhado de um intérprete.

Também estava previsto o depoimento do presidente da Samsung Heavy Industry no Brasil, J.W.Kim, mas o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), informou ter recebido uma comunicação da empresa informando que Kim havia se aposentou em 2010 e não se encontrava mais no país.

Os dois empresários não são investigados, mas as duas empresas foram citadas em depoimento do doleiro Alberto Youssef. A Mitsui e a Samsung são acusadas de pagamento de propina para favorecimento em seus negócios.

De acordo com Youssef, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seu partido eram destinatários de propina paga pelas empresas Samsung e Mitsui, em um contrato de aluguel de sondas celebrado com a Petrobras. O doleito disse também que o lobista Júlio Camargo atuava como intermediador das empresas. Camargo disse ainda que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina. O deputado e o partido negam as suspeitas.

Aos deputados Tsuchiya disse que ocupa o cargo de presidente da Mitsui no Brasil desde maio deste ano e que, anteriormente, trabalhava na matriz da empresa em Tóquio, não tendo contato com os assuntos da empresa no Brasil.

Tsuchiya explicou que, diante das denúncias citando a empresa, não tomou providências por considerar que a empresa não estava sendo investigada na operação Lava Jato.

Porém, questionado pelo deputado Bruno Covas (PSDB-SP) se a empresa Camargo Corrêa se reuniu com funcionários, especificamente com o ex-diretor da Mitsui Ishiro Inaguage (atualmente trabalhando no Japão), ou atuava em favor da empresa, Tsuchiya disse que não trabalhava em prol da Mitsui. Ele admitiu, no entanto, que o lobista foi um representante da Samsung e que pode ter havido reuniões com a participação de funcionários da Mitsui.

Em delação premiada, Camargo contou que, em 2005, atuou como agente da Samsung para vender para a Petrobras duas sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México e que participou de reunião com Inaquage e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para tratar dos contratos de aquisição de sondas.

Segundo Tsuchiya, a empresa atua no país há 55 anos e faz negócios com a Petrobras há mais de 20 anos, tendo, neste momento, investimentos em torno de R$ 25 bilhões.

Creative Commons - CC BY 3.0

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