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Presidentes do Vasco e do Corinthians pedem mudanças na Lei Pelé

Criado em 14/10/15 18h05 e atualizado em 14/10/15 18h05
Por Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Os presidentes do Club de Regatas Vasco da Gama, Eurico Miranda, e do Sport Club Corinthians Paulista (SP), Roberto de Andrade, citaram hoje (14) a Lei Pelé, também conhecida como Lei do Passe, e a má gestão dos clubes como os principais responsáveis pelos problemas enfrentados pelas agremiações e pelo próprio esporte no país. 

Durante audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol do Senado, os dirigentes disseram que a mudança da legislação sobre o passe dos jogadores de futebol praticamente inviabilizou investimentos dos clubes nas categorias de base. Eurico Miranda afirmou que, com a lei, em vigor desde 1998, as entidades investem na formação de atletas sem a certeza de que terão retorno financeiro. 

“Essa lei é a grande responsável pelo problema que o futebol brasileiro está atravessando. Se não for tomada uma providencia, vai explodir”, disse Eurico Miranda. “Todo mundo cometa que a gente tomou de 7 a 1 da Alemanha [na semifinal da Copa do Mundo], mas a culpa é desse problema [a Lei Pelé]. Os alemães aprenderam que tinham que ter formação e fizeram um trabalho e cresceram, enquanto nós regredimos. Tudo fruto dessa famigerada lei”, acrescentou o presidente do Vasco da Gama. 

Segundo o dirigente, atualmente, os clubes oferecem escola, tratamento de saúde, acomodação aos jovens atletas e, quando um deles desponta, é alvo de empresários que podem tirá-lo de onde estão sem precisar pagar nada ao clube formador. 

O presidente do Corinthians acrescentou que a lei “pensou apenas nos atletas” em detrimento das necessidades das agremiações. “Sem clubes, não existem os atletas”, afirmou. Segundo Andrade, o Corinthians investe anualmente cerca de R$ 24 milhões nas categorias de base. “Recomendaria que essa lei fosse revista para que os clubes tenham uma retaguarda ´financeira]”, disse. 

Com a dificuldade para formar atletas, segundo Andrade, os clubes acabam tendo que ir ao mercado para ter jogadores de qualidade o que, muitas vezes, compromete as receitas das entidades devido ao custo financeiro.

Alvo de críticas de parte da torcida do Corinthians por não ter renovado o contrato do jogador peruano Paolo Guerrero, por causa do valor pedido pelo empresário, o dirigente disse que os clubes não podem assumir despesas acima do que podem pagar sob pena de comprometer as finanças. Para Andrade, “grande parte dos clubes passa por dificuldades por causa da má gestão”. 

Apesar de a CPI do Futebol ter convidado os dirigentes dos principais clubes da Série A, apenas os presidentes do Vasco e do Corinthians comparecem à audiência pública proposta para debater a gestão do futebol brasileiro.

Editor Aécio Amado
Creative Commons - CC BY 3.0

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