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A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que as cirurgias correspondam a, no máximo, 15% dos partos.

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Situação das maternidades no Rio de Janeiro é crítica, diz Cremerj

Criado em 07/02/13 20h30 e atualizado em 08/02/13 12h22
Por Akemi Nitahara Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Casa de Parto10
O Cremerj considera que a situação é um descaso com a mulher e com a criança (Agência Brasil)

Rio de Janeiro – O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) vai encaminhar até amanhã denúncia ao Ministério Público do estado de que o Hospital Maternidade Carmela Dutra, em Lins de Vasconcelos, zona norte da capital fluminense, está com falta de anestesistas. O hospital é considerado uma referência no atendimento às gestantes.

De acordo com a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, o próprio corpo clínico do Hospital Carmela Dutra relatou o baixo número de profissionais, o que pode inviabilizar o atendimento ao público. A maternidade tem atualmente apenas dez anestesistas para atender a uma média de 500 partos por mês, além de atendimentos a pacientes graves e cirurgias eletivas na unidade neonatal.

A médica diz que a situação das maternidades públicas na cidade é crítica. “Está acontecendo tanta coisa ao mesmo tempo que está terrível. A Maternidade Rocha Faria [da rede estadual, em Campo Grande, na zona oeste] está superlotada, a Leila Diniz [municipal, na Barra da Tijuca, também zona oeste] também, naquela área de Jacarepaguá falta leito de maternidade e de CTI [Centro de Terapia Intensiva] neo-natal. A gente espera que essas maternidades sejam reabertas e os anestesistas repostos”.

A médica lamenta também o fechamento do Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, que foi referência na cidade. Na terça-feira (5), a prefeitura do Rio anunciou que o  Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, na Praça VX, centro do Rio, será fechado amanhã porque a unidade "necessita de reformas estruturais e arquitetônicas hospitalares sistêmicas e profundas", segundo informou a Secretaria de Saúde.

“Você tem menos uma maternidade no Rio, já estávamos com problema, pacientes sentadas em cadeiras, tanto no Leila Diniz, quanto no Rocha Faria, agora vamos perder a maternidade da Praça XV, onde tem residência médica, hospitais como o da Lagoa, que não tem obstetrícia, mandam os residentes para fazer treinamento em obstetrícia lá. Um hospital que é preparado para parto de alto risco deve fechar amanhã”.

De acordo com a presidente do Cremerj, a abertura da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, em maio do ano passado, não é o suficiente para a atender à demanda da cidade.

“Ela não faz parto cesáreo, por exemplo, que a maioria dos pacientes de alto risco tem que fazer. Lá eles só estimulam parto via baixa. Uma maternidade feita não vai substituir duas, vai? Fecharam a Praça XV, não repõe os anestesistas no Carmela, você acha que isso tudo vai ser substituído por um puxadinho lá no Hospital Souza Aguiar? [A Maternidade Maria Amélia] é um prediozinho no Souza Aguiar. Não dá vazão para a quantidade de pacientes que precisam do SUS [Sistema Único de Saúde]. Fundamentalmente é um descaso com a mulher e com a criança, viola os direitos da mulher e da criança”.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) informa que a substituição dos anestesistas da Maternidade Carmela Dutra está sendo providenciada e que, com a abertura da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda e a criação do Programa Cegonha Carioca, “a rede de assistência materno-infantil chegou a níveis que atendem plenamente a necessidade do município”.

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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