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O Hospital Federal de Bonsucesso acomoda os seus pacientes nos corredores dos contêineres, onde a emergência funciona de forma improvisada

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Médicos reclamam da falta de profissionais nas emergências dos hospitais do Rio

Criado em 11/05/13 16h22 e atualizado em 11/05/13 16h35
Por Vinícius Lisboa Edição:Beto Coura Fonte:Agência Brasil

Cremerj cobra solução para hospital que funciona em contêineres
Para o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, deficiência de médicos se dá pela falta de financiamneto para a saúde  (apatrulhadalama.blogspot.com)

Rio de Janeiro - A falta de médicos em emergências de hospitais municipais, estaduais e federais foi o principal problema destacado hoje (11) na abertura do 12º Congresso Médico dos Hospitais Públicos de Emergência do Rio de Janeiro, organizado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).

A presidente da organização, Maria Rosa Araújo, chegou a classificar a situação de "extrema" e o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá, disse que uma das causas da deficiência é a falta de dinheiro. "Todos os problemas têm como pano de fundo a falta de financiamento para a saúde. A base da questão é o financiamento", defendeu o cardiologista.

Aloísio Tibiriçá tratou também de questões corporativas. Disse que a desvalorização da profissão avança com o aumento do número de médicos temporários, com o pagamento de salários baixos e com as condições de trabalho precárias. "Há um limite para a vocação", resumiu.

Outras críticas do representante do conselho foram contra o que chamou de várias formas de contratação adotadas principalmente pelo governo do estado. "Não é possível que haja profissionais com seis formas diferentes de contratação trabalhando em um mesmo hospital", criticou Tibiriçá.

A subsecretária de unidades próprias, Ana Lúcia Neves, discordou das críticas e afirmou que existem duas formas de contratação: a estatutária e a celetista, por meio de Organizações Sociais, Fundações de Saúde ou a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde. Para ela, o modelo celetista aumenta a meritocracia: "Não nivela os profissionais por baixo, mas pelo mérito, pela capacitação e pelas responsabilidades que assumem".

A subsecretária do governo do estado afirmou que o problema de falta de médicos em unidades de saúde não se dá pela falta de vagas, mas pela falta de interessados em preenchê-las. "Está havendo uma inversão, porque existem muitos postos de trabalho e poucos profissionais. Talvez porque sua formação não tenha sido adequada ou porque o mercado de saúde está muito ampliado. Não há pessoas interessadas em salários de R$ 6, 7 e até 8 mil. Em qual profissão um recém-formado consegue um emprego com esse salário?"

Edição: Beto Coura

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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