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Parceria pública garante restauração de chafariz do século 18 no Rio
Criado em 04/09/12 15h17
e atualizado em 18/03/16 15h15
Por Agência Brasil [2]
Edição:Davi Oliveira
Rio de Janeiro - Após ficar fechado por quatro meses em virtude de obras de restauração, o chafariz da Glória, na zona sul do Rio de Janeiro, foi reinaugurado hoje (4) pela prefeitura do Rio de Janeiro. A reforma teve parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae).
Um dos mais antigos monumentos do município, construído no século 18, o equipamento público sofria com depredações e acúmulo de lixo ao redor. A partir de agora, o chafariz tombado pelo Iphan ficará sob responsabilidade da prefeitura.
De acordo com o secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, o monumento vai contar com iluminação, principalmente durante o período noturno, e terá câmeras de segurança interligadas diretamente ao centro de operações da prefeitura para evitar possíveis depredações.
Osório ressaltou que a guarda municipal também aumentará seu efetivo no local. "Esse chafariz sofreu muitos atos de vandalismo e estava totalmente depredado. A parte de trás foi invadida por populações de rua. Todo esse investimento é para proteger um dos monumentos mais vandalizados na história da nossa cidade, ao longo dos anos", disse.
A antiga elevatória do bairro, que funcionava dentro das instalações do chafariz, foi substituída por duas novas, construídas pela Cedae. "Nós fizemos uma obra de quase R$10 milhões. Fizemos essa parceria com o Iphan e a prefeitura, integrando esse patrimônio que é belíssimo e que marca o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro. É uma coisa muito bacana de somar forças e dar um resultado para a população", afirmou o presidente da Cedae, Wagner Victer.
O Iphan, que investiu R$ 308 mil na recuperação, promete responsabilizar os responsáveis que depredarem o monumento. "A gente entende que só assim conseguiremos conservar [o chafariz]. Junto com a população, vamos fazer o monitoramento da conservação e responsabilizar quem depredar o patrimônio nessa cidade", afirmou a superintendente do Iphan, Cristina Lodi. Ela acrescentou que há estudos para a recuperação de outros chafarizes do município tombados pelo instituto.
Já o representante da associação dos moradores da Glória, Jorge Bernardo Mendes, lembrou que, em 2010, o equipamento já havia sido reformado por meio de mutirão que limpou o local. "O chafariz estava em completo abandono. O reboco embaixo da lápide marmórea se soltou. Nesse mutirão, artistas do bairro se juntaram e nós fizemos a limpeza da pichação", destacou.
Edição: Davi Oliveira
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