Alta no preço do milho encarece frango

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Produção de milho em 2011 fica estável em relação a 2010, diz IBGE

Criado em 26/10/12 10h14 e atualizado em 26/10/12 11h04
Por Nielmar de Oliveira Edição:Lana Cristina Fonte:Agência Brasil [2]

Plantação de milho
Redução da área cultivada de milho, foi compensada por uma melhor produtividade. (Alberto Coutinho/SecomGovBA/Creative Commons)

Rio de Janeiro - Os dados relativos à Produção Agrícola Municipal 2011 (PAM), divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a produção de milho cresceu apenas 0,5%, ficando praticamente estável em relação à produção de 2010.

Ainda assim, a área plantada sofreu uma redução de 4,7% (617.803 hectares), dando lugar principalmente à soja, já que os preços da cultura não estavam atrativos na época do plantio da primeira safra – ao contrário do preço internacional da soja. A redução da área cultivada de milho, no entanto, foi compensada por uma melhor produtividade, devido às boas condições climáticas.

Já na implantação da segunda safra, a conjuntura econômica melhorou com a redução dos estoques internacionais, a quebra da safra norte-americana e o aumento das exportações brasileiras, o que incentivou os produtores que aumentaram a área de plantio, avaliou o IBGE. O instituto, no entanto, constatou que houve, pontualmente, uma redução de rendimento em algumas localidades, registrada na segunda safra. “O atraso do plantio em alguns estados e as geadas na Região Sul reduziram o rendimento da segunda safra.”

Apesar da estabilidade da produção de 2010 para 2011, o aquecimento do mercado, com o aumento da demanda externa, proporcionou um crescimento no valor da produção de 46,4%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio indicam que as exportações atingiram 9,5 milhões de toneladas, o que justificou o aumento do valor da produção.

No caso do arroz, mais uma vez, as condições climáticas favoráveis, desde a semeadura até o final da safra, nas principais regiões produtoras, levou a uma safra recorde de 13,5 milhões de toneladas – crescimento de 19,9%.

Em contrapartida, a produção recorde – somada ao estoque de passagem, às importações e à estabilização da demanda interna em patamar inferior à oferta do produto – gerou uma forte depreciação dos valores pagos aos produtores, o que reduziu o valor da produção em 5,7% - rebaixando o produto da sexta para a oitava colocação na classificação pelo valor da produção.

O feijão também apresentou um crescimento na sua produção de 8,8%, devido, principalmente, à expansão da área plantada de 6,9%, fruto dos bons preços alcançados no mercado, na implantação da primeira safra do produto. Isso não ocorreu nas demais safras, desestimulando os feijicultores, que reduziram as áreas cultivadas em relação a 2010.

 

Edição: Lana Cristina

Creative Commons - CC BY 3.0

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