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Com passagem de ônibus mais cara do país, SP será alvo de protestos nesta quinta
Criado em 05/06/13 19h10
e atualizado em 06/06/13 08h13
Por Leandro Melito - Portal EBC
Brasília - Uma das capitais que terão protestos contra o aumento da passagem nesta quinta-feira [2], São Paulo tem a passagem de ônibus mais cara do país. Após o reajuste que entrou em vigor neste domingo (2), o ônibus municipal passou a custar R$ 3,20 na capital paulista.
Em 2011, quando a passagem sofreu aumento de R$ 2,70 para R$ 3,00, o Movimento Passe Livre (MPL) realizou uma série de manifestações na região central da cidade. Caio Martins, militante do MPL considera que este ano a mobilização começa em um novo patamar. “Estão acontecendo atos em vários lugares da cidade e há um acúmulo no debate sobre a questão, hoje muito mais gente enxerga o problema como um todo, não luta apenas contra o aumento, mas por um transporte público”, ressalta.
No último mês os integrantes do MPL se concentraram em fortalecer a organização dos atos nos bairros. No início da semana, foram realizadas manifestações em Pirituba (Zona Oeste), Mboi Mirim (Zona Sul) e no Parque Dom Pedro (Centro).
Inspiração
No início do ano, o MPL esteve presente nos protestos realizados em cidades da região metropolitana de São Paulo que anunciaram aumento da passagem como Mauá, Santo André, Taboão da Serra e São Bernardo.
Em Taboão da Serra, após a mobilização o prefeito revogou o aumento anunciado [3]. “Esse é um fator de inspiração. Se a gente conseguiu reverter o aumento em Taboão, consegue em São Paulo também. O determinante é que haja uma população organizada pressionando o poder público”, acredita.
Apoio
Martins ressalta este ano o movimento, composto por uma maioria de estudantes, terá apoio de outros movimentos, como as organizações que lutam por moradia.
“A pauta é a mesma. Essa cidade é desenhada pelos interesses do mercado imobiliário e esse desenho também passa pelo traçado das linhas de transporte que definem as áreas mais valorizadas. A lógica do lucro no transporte é também a lógica do capital imobiliário”, considera.
A pauta também tem adesão de organizações de bairro e do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo, que se colocou contra o aumento da passagem do transporte na última assembleia da categoria realizada nesta terça-feira (3).
Confira o aumento das passagens em São Paulo de 1994 a 2013
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