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Brinquedos indígenas fazem sucesso entre as crianças nos JMPI

Criado em 25/10/15 22h50 e atualizado em 26/10/15 16h54
Por Cibele Tenório/Portal EBC

Nada de videogame, celulares ou tablets. Na Vila dos Jogos Mundias dos Povos Indígenas o que têm feito sucesso entre as crianças são os brinquedos e brincadeiras tradicionais das etnias brasileiras. A primeira edição dos jogos, em Palmas (TO), tem sido uma oportunidade para a meninada que participa do evento ter um contato mais próximo com a cultura dos povos indígenas de diferentes países.

Quem passeia pela Feira de Artes Indígenas, instalada na vila montada para os jogos, pode ter contato e comprar uma variedade grande de brinquedos tradicionais, como arco e flecha, peteca, bilboquê, flauta, chocalho, kabuletê, maracá e a zarabatana. Saiba mais sobre os brinquedos abaixo.

 

Crianças nos JMPI
Crianças descobrem novos tipos de brinquedos nos Jogos Mundiais Indígenas Foto: Cibele Tenório/Portal EBC

 

Agarrado ao arco e flecha recém-comprado, Alexsander de Fátima de 11 anos disse ter ficado intrigado para saber como os brinquedos são feitos. "Eu achei muito curioso porque eu também gosto de procurar pedaços de madeira para tentar fazer algum brinquedo, mas eu fiquei me perguntando o que eles usam para cortar, lixar e para pintar tudo tão colorido".

Para a Karina Macedo, de cinco anos, os brinquedos mais legais são os instrumentos musicais. Porém, ela gostou mais ainda dos adereços. "Eu pedi pra minha mãe um brinco de penas porque eu achei muito diferente e muito bonito. Quando eu vi as índias usando, eu também quis usar", falou enquanto mostrava com orgulho o brinco já pendurado na orelha.

 

Família visita a feira de artesanato dos Jogos Mundiais Indígenas em Palmas (TO)
Família visita a feira de artes indígenas na arena dos jogos  dos Jogos  em Palmas (TO) Foto: Cibele Tenório/Portal EBC

 

A indígena Ana Lúcia, da etnia Bororo, do Mato Grosso, participa da feira vendendo brinquedos tradicionais confecionados na sua aldeia por mulheres com a ajuda dos filhos. Ela conta que mesmo distante das cidades e com essa variedade de brinquedos artesanais, as crianças indígenas não deixam a tecnologia de lado. E quando se trata de administrar o acesso dos filhos à eletrônicos e celulares, a realidade das mães indígenas não é diferente da de outras mães.

"Eles ainda brincam de futebol, boneca flauta, mas os maiores já preferem brincar com o celular . Lá na aldeia a gente não permite muito isso de brincar com celular. Eles querem ver notícia, Face (Facebook), essas coisas assim. Mas eu não deixo muito", explica ela, que é mãe de cinco filhos com idade de seis a 15 anos.

Os Jogos Mundiais Indígenas vão até o dia 31 de outubro. Até lá, a Feira de Arte Indígena estará aberta diariamente.

Brinquedos indígenas

- arco e flecha: composto por um arco de madeira amarrado com tiras de cipó que, quando esticado, projeta a flecha para frente; 

- peteca: há vários modelos que variam de acordo com cada etnia indígena. No geral, possuem uma base mais pesada, onde os jogadores impulsionam com a palma da mão e outra, geralmente de penas ou de palha, que enfeitam e dão a estabilidade no ar;

- bilboquê: uma bola que tem um furo, presa por um barbante a uma haste de madeira. O objetivo é acertar a haste no buraco sem o auxílio da outra mão; 

 - kabuletê: instrumento musical que tem um pequeno tambor preso a uma haste de madeira com dos barbantes nas laterais finalizados por sementes. Quando o instrumento é girado, as sementes batem no couro que geram um som de batida.

- maracá: chocalho indígena, geralmente feito com cabaça preenchida por sementes;

- zarabatana: intrumento usado tradicionalmente na caça. Se consiste em uma vara oca com uma flecha interna que é impulsionada pelo sopro.

Creative Commons - CC BY 3.0

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