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Estudo mostra que 252 cidades brasileiras têm mercado para novos trechos aéreos
Criado em 22/10/15 13h43
e atualizado em 22/10/15 13h45
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Edição:José Romildo
Fonte:Agência Brasil [2]
Quase metade dos passageiros de voos domésticos (40,2%) tem entre 31 e 45 anos; 56,4% são homens; e 21,7% têm renda familiar entre cinco e dez salários mínimos. As passagens foram compradas com antecedência inferior a 30 dias por 74,3% dos passageiros, e metade das passagens foram compradas pelo próprio usuários. Os dados contam da pesquisa O Brasil que Voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, divulgado hoje (22) pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
Os principais motivos de viagem são trabalho e estudo (49,2%) e lazer (45,3%). Para chegar ao aeroporto, 35,4% das pessoas usaram táxi; 68% levaram menos de uma hora para chegar ao aeroporto; 9,7% chegam com menos de uma hora de antecedência do voo e 47,2% chegam com uma antecedência entre uma e duas horas.
O check in foi feito no balcão por 50,6% dos passageiros, enquanto 21,7% usam totens (terminais de autoatendimento) e 27,3% fizeram o check in por meio de internet ou dispositivos móveis. Segundo o estudo, 65% despacharam bagagens, e 40,5% fizeram compras no aeroporto – deste total, 83,7% gastaram até R$ 50.
A pesquisa informa, ainda, que 44,4% dos passageiros gostariam que houvesse voos para o mesmo destino em outros dias da semana, e 36,9% desejariam voos em outros horários.
O levantamento mostra que pelo menos 252 cidades têm mercado para novos trechos aéreos, com uma ocupação superior a 50% das aeronaves. Entre os voos diretos com maior potencial de demanda estão as rotas entre Rio de Janeiro (RJ) e Vila Velha (ES); Blumenau (SC) e São Paulo; Campo Grande (MT) e Rio de Janeiro; e entre Macaé (RJ) e Santos (SP).
Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, o estudo poderá ajudar as empresas aéreas a abrir novas rotas, mas isso depende, ainda, de outros fatores, como o custo do querosene, que é muito influenciado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), tributo regional.
“Vimos que muitas dessas demandas coincidiram com as previstas no Programa de Aviação Regional [3]. Somos permanentemente informados pelas companhias sobre seus destinos de interesse. Não só a demanda em potencial é levada em consideração. Há também questões como o custo do combustível (querosene), que corresponde a 40% da despesa de operação. Em alguns estados fora do litoral esse custo é muito alto”, disse ele ao propor que alguns estados reduzam o ICMS para atrair o interesse das empresas.
Para fazer a pesquisa, a SAC e a EPL fizeram, ao longo de 2014, 150 mil entrevistas em 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do país.
Editor José Romildo
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