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Câmbio alto pode não favorecer exportadores brasileiros, diz Coutinho

Criado em 22/08/13 17h54 e atualizado em 22/08/13 18h23
Por Akemi Nitahara Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil [2]

Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (22) que o mundo caminha para um novo regime monetário, com um ciclo duradouro de valorização do dólar e, eventualmente, de outras moedas. Apesar do real desvalorizado criar condições mais favoráveis para a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional a médio prazo, no curto prazo os ganhos podem se perder com a inflação.

“Certamente há um desafio de curto prazo que precisa ser ponderado, de ajudar a estabilizar e evitar pressões inflacionárias inconvenientes, derivadas de depreciação muito aguda da taxa de câmbio, que não nos interessa. É importante lembrar que às vezes um câmbio episodicamente depreciado pode parecer uma vantagem, mas depois, por conta de sequelas inflacionárias, o ganho real pode se perder na inflação. Então, é preferível ter ganhos sustentáveis de câmbio real”.

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Coutinho participou do 32º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), que vai até amanhã no Píer Mauá, na região portuária do Rio. De acordo com ele, o governo está trabalhando para melhorar a competitividade, mas ela não pode se basear apenas na taxa de câmbio. “Ao contrário, nós temos que criar fundamentos de médio e longo prazo que permitam atravessar períodos mais favoráveis e menos favoráveis, sem que a estratégia exportadora seja afetada de maneira significativa”.

Coutinho disse que o Brasil tem bons fundamentos e um amplo “colchão de reservas” e que é necessário ter um pouco de tranquilidade para deixar passar o momento de nervosismo para o dólar estabilizar.

“Para o exportador, nós precisamos pensar no câmbio real e temos que pensar nas sequelas de inflação, não podemos de uma maneira ilusória pensar apenas na taxa nominal, que pode ser episódica. Então, do meu ponto de vista modesto, se o câmbio nominal estabilizar em um nível um pouco mais baixo, entre R$ 2,20 e R$ 2,35, ele é mais sustentável, em termos de ganho de médio e longo prazo do que o atual”, disse.

Edição: Fábio Massalli

 

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