O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durane a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.

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Ban Ki-Moon alerta que sanções afetam população iraniana

Criado em 06/10/12 10h01 e atualizado em 06/10/12 10h33
Por Agência Lusa

Sanções ao Irã atingem população, diz Ban Ki-monn
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durane a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Nações Unidas (Lusa) – O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, alertou em relatório divulgado sexta-feira que a população iraniana já sente o impacto das sanções internacionais, com o aumento do desemprego, a subida da inflação, ou a falta de medicamentos.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, os protestos já chegaram às ruas de Teerã, depois de aumento acentuado dos preços causado pela desvalorização da moeda. Só na última semana, o rial iraniano desvalorizou cerca 40% em comparação ao dólar americano.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs quatro rodadas de sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear, apesar de o país garantir que os propósitos são pacíficos. Os Estados Unidos e a União Europeia também aplicaram sanções ao país.

“As sanções impostas à República Islâmica do Irão têm tido efeitos significativos na população, incluindo uma escalada da inflação, aumento nas mercadorias e no preço da energia, aumento da taxa do desemprego e quebra nos bens essenciais, incluindo medicamentos”, relata Ban Ki-Moon.

O secretário-geral das Nações Unidas alerta também que as operações humanitárias têm sido prejudicadas, já que os problemas nos pagamentos conduziram a uma escassez dos medicamentos necessários para o tratamento de doenças como o cancro, problemas cardíacos ou respiratórios.

As sanções afetaram as exportações de petróleo, vitais para o país, e cortaram o acesso à rede de bancos internacionais. Ambas as medidas reduziram a quantidade de moeda estrangeira que entra no país.

A crise monetária colocou os líderes iranianos sob grande pressão por parte da oposição, a maior desde 2009, quando as manifestações contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad foram violentamente reprimidas.

Os críticos do presidente culpam-no pela crise monetária e dizem que a sua administração piorou a situação, com políticas como a limitação das taxas de juro bancárias, que levou muitos iranianos a retirarem seu dinheiro dos bancos às pressas.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, admitiu na terça-feira que as sanções tiveram impacto na população, mas defendeu que isso pode rapidamente ser invertido se o Irã estiver disposto a trabalhar com a comunidade internacional “de uma forma sincera”.

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