Compartilhar:
Unasul garante que sistema eleitoral venezuelano é seguro
Criado em 04/10/12 16h30
e atualizado em 04/10/12 18h42
Por EBC
Fonte:Télam [2]
O chefe da missão de acompanhamento eleitoral da Unasul na Venezuela, Carlos Alvarez, afirmou que o sistema que será utilizado nas eleições deste domingo (07) está “blindado” contra fraudes e defendeu a intenção do bloco de garantir que “quem for eleito está legitimado”.
“O sistema trouxe inovações e é extremamente confiável. Isso confere legitimidade ao ganhador. A Unasul não pode tolerar presidentes saídos de novas formas de golpismo nem presidentes saídos de processos não confiáveis”, afirmou em declarações à Télam.
A frente de uma delegação de 50 representantes do bloco integracionista de 11 países – Paraguai está suspenso – Alvarez manteve uma série de reuniões com o governo e a oposição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), os chefes do Plano República, responsável pela segurança do processo e os responsáveis pelo aparato tecnológico das eleições.
“Foi importante confirmar a excelência do sistema. Há uma parte do mundo que pensa que a democracia na Venezuela se sustenta em um sistema fraudulento, e devo dizer que não é assim”, afirmou o ex vice-presidente argentino.
Leia também:
Candidatos encerram hoje campanha para eleição na Venezuela [3]
Observadores internacionais acompanham eleições na Venezuela [4]
Sistema eletrônico
Para Alvarez, "o raciocínio é simples e não se pode questionar um resultado sem antes auditar cada movimento, se foi comprovado que não pode haver voto duplo, se garantiu o software e a transmissão
de dados e se participou em cada passo do processo”.
Ele lembrou que o governo perdeu a eleição da Venezuela duas vezes desde que Chávez é presidente e, uma delas, a do referendo constitucional de 2010, por 1,3%. “Essa é uma cifra muito dura para qualquer governo, e o governo a aceitou”, disse.
Polarização
O ex-parlamentar argentino advertiu sobre “o forte nível de polarização” que atravessa a Venezuela, apesar de “a primeira vista não haver desequilíbrio nos meios de comunicação, ainda que a oposição fale em oportunismo do governo, porque considera que há assimetria de recursos”
A respeito do fato da missão se de acompanhamento e não de observação, como acontece em outros países, o chefe da missão da Unasul questionou “porque a Venezuela tem que ter observação, se teve 14 eleições sem nenhuma prova de fraude, e Brasil, Argentina e Peru também não tem observação”.
Na próxima semana, depois que a representação da Unasul terminar sua tarefa, se espera que Álvarez faça um relatório para ser entregue ao secretário geral do bloco sulamericano, o venezuelano Alí Rodriguez, e ao chanceler do Perú, Rafael Roncagliolo, já que seu país tem a presidência pró-tempore do órgão.
Leia também:
96 mil testemunhas credenciadas para eleições na Venezuela [5]
Unasul chega à Venezuela para acompanhar eleições [6]
Observadores
Após conhecer o sistema eletrônico de votação da Venezuela, Faride Zerán, observadora internacional da eleição presidencial que acontece dia 07 de outubro no país, afirmou que “as possibilidades de fraude eleitoral são nulas” e que o sistema venezuelano está “à altura".
Jornalista chilena, Zéran está no país desde fevereiro, quando começaram as eleições internas da oposição e foi testemunha na auditoria das máquinas de votação. “Fiscalizamos como as pessoas chegam aos centros de votação, emitem seu voto, vemos o que ocorre nas mesas eleitorais”, explicou sobre seu trabalho.
A função oficial dos observadores termina com a elaboração de um relatório logo após o término do processo eleitoral.
Deixe seu comentário