Centenas de manifestantes mantiveram os protestos nas cidades egípcias de Port Said, Ismailia e Suez, desafiando o toque de recolher instituído pelo presidente Mouhamed Mursi.

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Egito diz que polícia está autorizada a usar munição verdadeira contra manifestantes

Criado em 15/08/13 16h48 e atualizado em 15/08/13 16h58
Por Agência Brasil * [2] Edição:Fábio Massalli

Conflitos Egito manifestantes manifestação
Manifestantes no Egito (Agencia lusa/ABr)

Brasília – O Ministério do Interior egípcio anunciou hoje (15) que a polícia está autorizada a usar munições verdadeiras quando os manifestantes atacarem bens públicos ou as forças da ordem. O anúncio foi feito após manifestantes islâmicos atearem fogo a um edifício governamental na província do Cairo e depois da polícia e do exército terem dispersado apoiadores do presidente deposto Mohamed Morsi.

Também nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o cancelamento dos exercícios militares no Egito para protestar contra a morte de centenas de manifestantes. Os exercícios militares também foram cancelados em 2011, no auge da revolta no Egito que derrubou o antigo ditador Hosni Mubarak, um aliado próximo dos EUA.

O presidente dos EUA disse que o seu país não está do lado de nenhuma força política egípcia e defendeu o cancelamento do estado de emergência decretado pelo governo egípcio e o arranque do processo de reconciliação nacional.

França, Grã-Bretanha e Austrália, em conjunto, solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para discutir o massacre no Egito, segundo diplomatas. O encontro, a portas fechadas, pode ocorrer até esta noite.

A onda de violência no Egito causou a morte de 525 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde, e a situação motivou um apelo do papa Francisco à “paz, ao diálogo e à reconciliação”. Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.

A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira (14), as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército no dia 3 de julho.

* Com informações da Agência Lusa

Edição: Fábio Massalli

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