Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

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Ouça os áudios de Lula divulgados pelo juiz Sérgio Moro

Criado em 17/03/16 10h50 e atualizado em 18/03/16 17h23
Por Portal EBC

Brasília - No começo da noite desta quinta-feira (16) áudios gravados pela Polícia Federal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado ministro da  Casa Civil começaram a ser veiculados depois que o juiz Sérgio Moro da Justiça Federal do Paraná decretou a quebra do sigilo sobre o processo. Ouça na íntegra o áudio dos grampos realizados pela Polícia Federal ao ex-presidente Lula.

Documento de Posse

O primeiro áudio a ser divulgado e que teve maior repercussão foi um trecho de conversa entre Dilma e Lula, no qual a presidente fala sobre o termo de posse de Lula como ministro da Casa Civil.

“Lula, deixa eu te falar uma coisa. Seguinte: eu estou mandando o Messias [subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil], junto com o papel para a gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse. Você espera aí, que ele está indo aí”, disse Dilma Rousseff em conversa interceptada às13h22 desta quarta-feira (16), apesar de Moro ter suspendido a ordem dada para as gravações [2] às 11h12.

 


Em nota divulgada ainda nesta quarta (16), Dilma questiona o grampo realizado. "Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República. Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento", diz a nota divulgada pelo Planalto [3].

Abordagem da PF

Em outra conversa entre a presidente Dilma e Lula também gravada pela PF o ex-presidente fala sobre o depoimento prestado à Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, depois de ser levado pela PF por meio de um mandado de  condução coercitiva. Confira alguns trechos da fala de Lula e ouça a íntegra do áudio abaixo.


"Eu acho que o Moro quis fazer um espetáculo antes da decisão antes daquele negócio que tá no Supremo pra decidir. A gente nem sabe se é contra ou a favor, mas ele precisava fazer um espetáculo de pirotecnia. As perguntas foram as mesmas que eu já respondi ao Ministério Público e a dois delegados da Polícia Federal. As perguntas foram as mesmas que eu já respondi ao Ministério Público e a dois delegados da Polícia Federal. Eles levaram os mesmos documentos que já tinham levado quando fizeram a invasão na casa do meu filho.", disse Lul

Eu, sinceramente, estou assustado é com a República de Curitiba. É porque a partir de um juiz de primeira instância tudo pode acontecer nesse país. Tudo pode acontecer.

Na mesma ligação Lula também fala com o então ministro da Casa Civil, Jacques Wagner.

"Acho até importante você falar com a Dilma. Eu acho que eles quiseram antecipar o pedido nosso que tá na Suprema Corte, que tá na mão da Rosa Weber. Eles estão tentando antecipar. Como eles ficaram com medo que a Rosa fosse dar, eles estão tentando antecipar tudo isso. Porque ela poderia tirar isso do Lava Jato. Então o Moro fez um espetáculo pra comprometer a Suprema Corte", diz Lula a Wagner.

Ouça o áudio:

Creative Commons - CC BY 3.0 - Lava Jato - áudio 8 - Lula e Dilma


Relação com Dilma e 2018

Em um áudio em que conversa com Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), no dia 27 de fevereiro, Lula fala sobre um discurso em que ele se coloca como possibilidade para 2018 antes de ser levado para depor.

Lula: Eu fiz o discurso pra tentar mostrar... primeiro garantir o direito de o PT divergir dela (Dilma), sabe?

Rui Falcão: Não, isso todo mundo percebeu. A gente tá apoiando, mas não tem que concordar com tudo.

Lula: A gente tem que sustentar essa p(*), não tem jeito.

Rui: Claro, porque é pior né, se ela sair é pior ainda.

Lula: Eu sei.

Lula ainda fala que estava esperando ida da Polícia Federal até sua casa na segunda-feira, o que acabaria acontecendo na sexta-feira (4). "Eu tô esperando segunda-feira a operação de busca e apreensão na minha casa, do meu filho Marcos, do meu filho Fabio, do meu filho Sandro, do meu filho Claudio", disse. 

Ouça a íntegra do áudio:
 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Áudio Lava Jato - 1 - Lula e Rui Falcão

Articulação no Congresso, Janot e Douglas Kirchner

Em conversa com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também no dia 27 de fevereiro, Lula fala sobre a importância da articulação no Congresso para enfrentar a oposição.

Lula: Eu acredito piamente que a nossa bancada pode ser a redenção do nosso partido.

Lindbergh: Vamos fazer tudo o que tiver que fazer presidente.

Lula: É ir pro cacete, querido.

Lindbergh: Pro pau. Vamo embora presidente.

Lula: Não tem mais jeito, não tem dó nem piedade da gente.

No mesmo diálogo Lula fala sobre o procurador Rodrigo Janot e o procurador de Rondônia Douglas Kirchner, que abriu a investigação de um caso de suposto tráfico de influência do ex-presidente. “Agora o companheiro Wadih Damous tem a história do promotor de Rondônia, que pegou um caso meu agora, que a mulherada tem que ir para cima dele. Terça-feira tem que ‘trucar’ o Janot e ‘triturar’...”, diz. 

Ouça a íntegra da conversa:

Creative Commons - CC BY 3.0 - Áudio Lava Jato - 2 - Lula e Lindbergh

Novo ministro, futebol e Jaques Wagner

Na gravação telefônica com o ministro Edinho, da Secretaria de Comunicação (Secom), o ex-presidente Lula conversa longamente sobre futebol e faz elogios ao técnico Sergio Vieira, da Ferroviária-SP.

Lula : Eu to te ligando por duas coisas: primeiro pra dizer que a Ferroviária tá boa pra c******, heim? 

Edinho : Você viu só? Te falei. 

Lula : Não. E ontem eu vi uma entrevista do técnico da Ferroviária. Ele é português, né? 

Edinho : 33 anos, presidente. 

Lula: Ele é português. Porra, fiquei impressionado com a entrevista dele. 

Edinho: O cara é bom, é bom. Eu, quando eu conheci ele, eu jantei com ele um dia lá em Araraquara. Ele conversa com você sobre economia, sobre o processo migratório da Europa, sobre a crise econômica.

Troca de ministro

Lula pede atenção ao ministro da Secom para a repercussão sobre a troca no ministério da Justiça.

Lula: É importante você ficar atento porque vai sair muita crítica à indicação do novo ministro, com o objetivo de encurralá-lo.

Edinho: É isso, é isso.

Lula: Com o objetivo de encurralá-lo. Ou seja, crítica da Veja, crítica do O Globo, crítica da Globo, crítica... ou seja, no fundo no fundo eles querem evitar que qualquer ministro acabe com o vazamento da Polícia Federal. Então é importante você ficar atento porque alguém tem que responder se for o caso. 

Jacques Wagner

O ministro Edinho faz um alerta para o ex-presidente sobre a exposição do ministro Jaques Wagner nos meios de comunicação.

Edinho: Eu marquei uma conversa com o Jaques pra gente montar uma estratégia e outra coisa que tem que evitar é uma coisa que começou hoje na imprensa, é a ideia de que o Jaques é o super ministro da Casa Civil...

Lula: Vai cair, se ele for o forte ele vai cair.

Edinho: É isso.

Lula: Diga pro Wagner que ministro forte cai.

Edinho: Ele precisa arrumar um jeito de dar uma recuada.

Ouça o áudio da conversa:

Creative Commons - CC BY 3.0 - Lava Jato - áudio 4 - Lula e Edinho

Lula e Jaques comentam indicação de Lula e protestos

Lula e Jaques Wagner, então ministro,  comentam a indicação de Lula para assumir  Casa Civil. Lula diz: "você diz que eu já tirei você da Casa Civil? "Meu cargo está a sua disposição, serei até seu ajudante", diz Wagner. Os dois também comentam os protestos do dia 13 de março, que levaram milhões de pessoas às ruas contra o governo. "A Marta teve que ser trancada na Fiesp e só conseguiu sair quando terminou a manifestação", comenta o ex-presidente, em referência a ex-prefeita de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy. 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Lava Jato - áudio 5 - Lula e Jaques

Relação com Dilma e Ministério da Justiça

Em uma conversa com Jaques Wagner no dia 27 Lula fala sobre o discurso realizado em que cogita a candidatura para 2018 e explica o apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff naquele momento. "É igual a mãe da gente. A gente não gosta da comida, mas tem que comer". Ainda nessa conversa Lula pede ao ministro para agendar uma visita a Brasília no dia 29.

Ouça o áudio:

Em outra ligação no dia 29, Lula desmarca a ida a Brasília por conta da repercussão da troca anunciada no ministério da Justiça.

Ouça o áudio:

Suspeita de grampos da PF

Em outra conversa com o senador Lindbergh Farias, Lula mostra desconfiança em relação aos grampos da Polícia Federal.

"Eu estou falando nesse telefone porque quero ver se a Polícia Federal está gravando... (risos) Quero ver se está grampeado"

Ouça o áudio:

Conversa com irmão sobre os protestos

Nesta conversa, Lula fala com seu irmão Genival Silva. Além de assuntos pessoais sobre a saúde de membros da família, o ex-presidente comenta os protestos contra o governo que estavam maracados para 13 de março. "Domingo eu vou ficar escondido porque vai ter um monte de peão na porta de casa pra bater em coxinha ", disse.

Gilberto Carvalho comenta noemação do novo ministro da Justiça 

A conversa é entre o ex-presidente Lula e Gilberto Carvalho, ex-ministro de seu governo. Eles comentam a nomeação de Eugênio Aragão para o ministro da Justiça, a quem Carvalho chama de "duro", "boa gente" e "pulso firme".

Lula pede que advogado fale com Janot

Em conversa com seu advogado, Sigmaringa Seixas, Lula pede que ele converse com Janot para pedir que os presentes que recebeu quando era presidente sejam guardados pelo Ministério Público Federal. 
"Como ele aceitou um pedido de um cara lá de Manaus pra investigar as coisas que eu ganhei, pergunta pra ele se no Ministério Público tiver um lugar eu mando tudo pra lá. Pra eles tomarem conta, porque eu não tenho nenhum interesse de ficar com isso". Durante a conversa Lula ainda fala ao advogado que ele deve estar sendo grampeado. 

Ouça o áudio:

Lula diz que teve conversa "dura" com Dilma

Em conversa com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Lula pergunta sobre a situação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A conversa ocorreu na semana passada. No diálogo o parlamentar se queixa, ainda, do estilo da presidenta “averso à política”. Segundo o deputado, os ministros têm autoridade diminuta para discutir com os parlamentares. Lula diz concordar com o deputado.

Lula: Eu tive uma conversa com ela muito dura. Muito dura... Tive debates com o Nelson Barbosa em São Paulo. Eu falei para eles: 'Gente, está tudo errado, o discurso de vocês num vai pra frente. Vocês querem agradar os inimigos jogando o nosso povo no lixo'.

Lula conversa com presidente da CUT 


Lula e Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), comentam sobre uma futura reunião e o ex-presidente pede para ter conversas privadas com o sindicalista. Lula diz que está com "muita indecisão". Lula menciona também um ato dos bancários em apoio a ele. "Estamos juntos", diz Vagner. 

Lula conversa com o Vagner de Freitas, presidente da CUT

Na gravação o presidente da CUT, Vagner de Freitas fala que “depois desse negócio da Petrobras” iriam “largar de mão”. Os dois conversam sobre a reunião no diretório do PT, Lula diz que só iria na festa: “ Eu tô de mau humor também. Não quero ir”.


Diálogo entre o chefe da segurança do ex-presidente e o advogado de Lula 

Diálogo entre Valmir Moraes, chefe da segurança do ex-presidente Lula, e Roberto Teixeira, advogado de Lula. No grampo, Teixeira pede que Moraes informe que Lula deve entrar em contato imediatamente com o Ministro da Casa Civil, Sr. Jaques Wagner, para avisá-lo que o “nome do assunto é Rosa Weber”.

Jaques Wagner e Paulo Teixera combinam convesa

Lula repassa a ligação com Jaques Wagner para o deputado federal Paulo Teixeira. Wagner e Teixeira tratam da melhor forma de conversarem um assunto particular. O deputado sugere ir até à Bahia encontrar o ministro, mas é convencido de fazer a ligação direto de um telefone fixo de hotel. 

Lula conversa com Paulo Vannuchi e critica novo ministro da Justiça

O ex-presidente Lula conversa com o ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi sobre Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça. Em um trecho, Lula diz que Aragão deve cumprir “papel de homem” como ministro da Justiça e o acusa de bater na mulher. 

Lula fala com Vagner Freitas sobre quem são os inimigos de Dilma

Em conversa com o ministro Vagner Freitas, Lula comenta sua coletiva após a condução coercitiva e de sua vontade de "montar uma equipe para trabalhar esse país. Eu estou disposto, meu caro, a correr esse país". Também comenta conversa que teve com a presidenta para alertar quem são seus inimigos e que o mercado não ficaria do lado dela.

Lula: Ela tá fazendo proposta para o mercado que é inimigo dela...O mercado que ela está pensando em agradar quer o fim dela. O lado dela ela sabe quem é"

Rui Falcão e Jaques Wagner comentam pressão e pressa para que Lula aceite ser ministro

Em conversa com Jaques Wagner (então ministro da Casa Civil), o presidente do PT, Rui Falcão, pede que o governo tome alguma iniciativa "porque tá na mão de uma juiza da 4ª vara [o pedido de prisão preventiva de Lula] que não sabe quando toma a decisão, mas pode tomar a decisão hoje.". 

O ministro afirma que "deixa eu fazer alguma coisa aqui".  Rui Falcão procura saber, então, o aconteceria se Lula fosse nomeado no mesmo dia e pede ao ministro checar esse trâmite. Nesse instante, Jaques Wagner questiona se Lula já teria aceito a proposta: 

Jaques: Sim, mas ele já decidiu? 

Rui: Não. Mas todo mundo pressionou ele aqui. Fernando Haddad, todo movimento sindical, todo mundo. 

Jaques: Eu acho que  ficar cercado no prédio dele, sai na porrada, Rui. 

Rui: Sim (risos) 

Rui: Eu sei, mas enquanto isso, alerta a presidenta. Toma a decisão de estado maior aí, pô.

Em conversa com Roberto Teixeira, Lula fala da "coisa que caiu com ela"

Os dois comentam sobre aquela "coisa" que caiu com "ela" e cita sobre um tal "baianinho", que ajudaria a conversar com "ela". Para a Justiça, ela refere-se à Rosa Weber e o "baianinho" seria Jaques Wagner. 

Lula combina encontro e brinca com possibilidade de ser preso

Nesta interceptação da Polícia Federal, Lula falara para Jaques Wagner falar com  "uma pessoa em Brasília. Wagner questiona se essa pessoa em Brasília é "ela" - "aquilo que você falou". Se sim, ela teria marcado algo para segunda de noite. Lulga diz que vai pessoalmente, a não ser que esteja preso (brinca).

Jaques Wagner deve conversar com "uma pessoa lá, urgente", diz Lula

 

Lula informa ao Dr Roberto que não conseguirá encontrar Jaques Wagner e cobra de Roberto que ligue logo para Cristiano. O último deveria ligar para Jaques Wagner e conversar com "uma pessoa lá, urgente". Depois, Lula grita com Cristiano para que ligue agora.

Lula reclama de "falta de gratidão" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot

Neste áudio, do dia 7 de março, às 20h21, o ex-presidente Lula conversa com o advogado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas. Em determinado momento, ele reclama da falta de "gratidão" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot: "esse cara, se fosse formal, não seria procurador-geral da República (...) tinha ficado em terceiro lugar. Quando os caras precisam, não tem formalidade. Quando a gente precisa, está cheio de formalidade".

Lula também questiona a imparcialidade de Janot: "Ele recusou quatro pedidos de investigação do Aécio (Neves, senador da República pelo PSDB-MG) e aceitou a primeira de um bandido do Acre contra mim. Essa é a gratidão dele". A investigação ao qual Lula se refere está sendo tocada pelo Ministério Público Federal e começou a partir de uma representação do deputado federal Wherles Rocha (PSDB-AC).

Cientista político sugere que Lula aceite ministério

Depois de uma análise sobre sua situação jurídica, Lula foi aconselhado pelo cientista político Alberto Carlos Almeida a assumir um ministério no governo Dilma Rousseff. Para o doutor em Ciências Sociais pelo IUPERJ, não há "defesa jurídica que salve" o ex-presidente, que já estaria condenado por conta de uma decisão individual do juiz Sérgio Moro, chamado de "tucano" por ele. "É uma guerra política, uma disputa política. Depende da cabeça dele (Sérgio Moro). Vai que esse cara é maluco e ousado o suficiente para tomar uma decisão nessa direção (a condenação de Lula)".

Almeida argumenta que Lula, Dilma e o PT tem "uma coisa" em suas mãos: "ministério". Lula hesita e diz que é uma hipótese difícil, mas que já foi cogitada pela presidenta Dilma. O estudioso admite que a chegada de Lula ao governo poderia ser mal vista ("vai ter porrada, vão criticar, e daí? Numa boa"), mas ressalta que poderia resolver "um outro problema, que é o (...) da governabilidade". E arremata: "Você e Dilma dependem um do outro". A conversa aconteceu no dia 8 de março, às 18h11:

Lula: "jamais iria para o governo para me proteger"

Neste trecho, interceptado no dia 9 de março, às 12h13, Lula é taxativo: "jamais iria para o governo para me proteger". A afirmação é feita em diálogo com o governador do Piauí, Wellington Dias, que endossou o pedido para que o ex-presidente Lula voltasse a ocupar um cargo no governo federal: "O Brasil precisa de você aqui (em Brasília) neste instante.  Há, pelo que eu sei, disposição dela (Dilma Rousseff), e acho que vale a pena viu, presidente?". Lula diz que não é uma tarefa fácil, mas promete conversar com a presidenta. 

Os dois discutem também o cenário econômico: "A coisa mais simples que ela (Dilma) tem que fazer é liberar financiamento para os governadores, para os prefeitos e fazer o BNDES liberar dinheiro para as obras do tal do 'PIL', do PAC, da p... que p...", opina Lula.

Lula questiona denúncia do Ministério Público de São Paulo

No dia 9 de março, às 19h22, Lula entra em contato com um de seus advogados, Roberto Teixeira. E pergunta: "que palhaçada que é essa que o Ministério Público de São Paulo me denunciou?". O defensor cita o promotor de Justiça Cássio Conserino, que denunciou criminalmente Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e o filho mais velho do casal, Fábio Luís, além de ter pedido a prisão preventiva do ex-presidente por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. "A gente sabia que ele iria fazer essa m..., né? Isso era claro, né? Tanto que nós nem fomos lá depor naquela altura porque ele já havia feito juízo de valor dizendo para a (revista) Veja que iria denunciar", lembra Teixeira.

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