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Mais de 14 mil pessoas já foram internadas por diabetes em São Paulo neste ano
Criado em 14/11/13 18h25
e atualizado em 14/11/13 18h52
Por Agência Brasil [2]
Edição:Marcos Chagas
São Paulo – Os casos de diabetes já motivaram mais de 14 mil internações em São Paulo neste ano. O levantamento, divulgado hoje (14) pela Secretaria de Estado da Saúde, abrange os meses de janeiro a agosto, e aponta que, em média, a cada 24 minutos um paciente procura socorro em um hospital público da rede estadual.
Ao todo, 14.222 portadores do diabetes foram internados nos oito primeiros meses do ano, o que resulta em uma média de 59 pessoas por dia. Se a média for mantida, até dezembro 21.535 pessoas precisarão de internação. Em 2012, o total foram 22.076 internações ou 61 pacientes dando entrada em hospitais, por dia e, em 2011, foram 23.250 internações, com média de 64 por dia.
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De acordo com Daniel Magnoni, nutrólogo da Divisão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, há dois tipos de diabetes, classificadas como 1 ou 2. O tipo 1 possui origem genética e seus sintomas dão sinais antes da fase adulta do portador. O tipo 2 já é mais recorrente em idosos, assim como em pessoas obesas, porém pode ser prevenido.
“É fundamental lembrarmos que diabetes do tipo 2 pode, sim, ser prevenida por meio da redução de peso, prática de atividade física e a diminuição do consumo de carboidratos, açúcar, sal e gordura saturada”, explica Magnoni. Segundo o especialista, a falta de cuidados pode agravar a arteriosclerose, os distúrbios metabólicos, as lesões nos rins e até os quadros de acidente vascular cerebral (AVC).
Nos casos dos pacientes diabéticos que também têm câncer, os cuidados precisam ser ainda maiores, porque o nível glicêmico fica descompensado pelos efeitos adversos causados por quimioterápicos e, portanto, necessitam rapidamente de controle para que o tratamento oncológico continue.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desenvolveu um projeto que reduziu em 90% a procura de pacientes diabéticos com câncer ao setor de pronto-atendimento do hospital.
Com o desenvolvimento do projeto, o Icesp analisou seus resultados. Após dois anos e meio da implantação, ao todo foram atendidos 361 pacientes, dos quais 185 mulheres e 176 homens, com idade média de 62 anos.
Do total de pacientes encaminhados pelo controle pré-operatório, nenhum deles precisou ter a cirurgia adiada devido a problemas no nível glicêmico. Outro fator positivo do projeto é que antes da intervenção do grupo, 40 pacientes compareceram ao pronto-socorro e, após, somente quatro, o que indica a diminuição de 90%.
Para a médica Ana Hoff, coordenadora do Serviço de Endocrinologia do Icesp, a importância do programa é o monitoramento que o paciente faz, tornando-se menos dependente das consultas médicas. “Diabetes é uma das disfunções que mais atinge os pacientes. Por isso, o programa é muito importante, já que um controle rápido jamais seria possível caso o monitoramento e os ajustes nas doses de medicação fossem feitos somente nas consultas de retorno”, explica.
O programa consiste em orientar e monitorar os pacientes, de maneira individualizada. Na primeira etapa do atendimento, uma equipe ensina os pacientes o que é a doença, como monitorá-la e como dosar o medicamento em sua própria casa. Um enfermeiro referência auxilia os pacientes de forma didática, com ilustrações, demonstrações teóricas e práticas sobre como aplicar a insulina. Semanalmente, os pacientes podem interagir com a equipe médica por email.
Edição: Marcos Chagas
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