Região: Sul | Classificação Indicativa: LIVRE | Direção: Giovani Borba |
Gênero: Documentário.
Quantidade de episódios: 13
Duração de cada episódio: 26 minutos
As Cidades Azuis traz um olhar contemporâneo a respeito dos rios que estão inseridos em grandes metrópoles e os contrapõe a rios de cidades pequenas, onde o progresso ainda é menos agressivo. A série aborda a relação dos moradores dos centros urbanos com a água e com o curso do rio que hoje passa por um movimento de invisibilidade. A obra revela e presta uma homenagem aos rios marginalizados e transformados em canais de esgoto em diferentes centros urbanos. O resultado do modelo de urbanização tradicional é que hoje não podemos desfrutar da presença dos rios dentro das cidades e nem usufruir da sua água. Passado. Presente. Futuro. Além de trazer um panorama geral de tudo o que ocorre com os rios nestes grandes centros, o maior objetivo da produção é provocar uma mudança de mentalidade das pessoas em relação ao tratamento de esgoto e utilização da água. Mas a série vai além disso e se compromete a apresentar alternativas para o cotidiano empresarial, político, social, econômico, entre outros. As Cidades Azuis é uma parceria entre a produtora Sopa Digital e o movimento Cidade Azul, que já alcança mais de 500 mil pessoas via redes sociais, e foi finalista do Festival SXSW ECO em Austin, TX, apresentado no site das Nações Unidas (UN Water) dia mundial da água, como uma das ideias para o futuro da água.
Giovani Borba
Giovani Borba iniciou no audiovisual, em 2001, trabalhando como assistente de direção e montador em filmes publicitários e documentário. Durante 2 anos adquiriu experiências na área da distribuição, na Visional do Brasil, empresa de pesquisa e auditoria, onde atendeu clientes como Warner Bros South, Columbia Tristar, Fox, Riofilme, entre outras.
Trabalha com exibição, atuando na programação, produção e curadoria de mostras de cinema, no projeto de Cinema Itinerante, coordenou a equipe de Cine Sesc RS – Cinema de Rua, entre 2008 e 2015, foi produtor e curador da mostra Sessão Plataforma em 2013/14, e também foi idealizador e produtor da 1a edição do Plataforma:Lab, laboratório de desenvolvimento de projetos, realizado em Porto Alegre.
Foi selecionado em programas de desenvolvimento de projetos de cinema, no Talent Campus 7 – Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente BAFICI, e também o Doculab 4 - 27o Festival Internacional de Cine en Guadalajara. Desde 2004, vêm dirigindo diversos videoclipes, publicidade e institucionais, e programas políticos para televisão. Realizou os filmes Banca Forte (2014) e Entre os Dias (2015).
Sinopses dos episódios:
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Prêmios e Participações: (este espaço será atualizado durante o período de distribuição da edição)
Sinopses dos episódios:
Episódio 01 “Abertura”:
O primeiro episódio tem o objetivo de não apenas apresentar a proposta da série, mas também trazer um panorama atual da situação em que rios de pequenas e grandes cidades do Brasil se encontram. O episódio é dividido em três partes: Na primeira, abordaremos a ligação entre rio e cidade, uma conexão vital e que parece tão esquecida. A segunda parte do episódio se dedicará a mostrar quais cidades e rios brasileiros a série irá retratar. À terceira e última parte do episódio, que terá esse tom mais otimista, que encerrará esse momento inicial da série mostrando que há de fato pessoas cujas atitudes, mesmo que por vezes pequenas em relação à dimensão dos nossos problemas, diariamente fazem do mundo um lugar melhor para se viver.
Episódio 02 “Corpo Metrópole – Rio Pinheiros/SP:
Dentre tantas coisas importantes que São Paulo carrega, temos a impressão de que seus rios foram esquecidos, deixados de lado, literalmente marginalizados. O Pinheiros é a maior representação disso, pois tem sua nascente, seu curso e sua foz dentro da cidade, informação que poucas pessoas sabem. É impossível falar do Pinheiros sem falar sobre poluição e todas as tentativas de recuperação do rio que já aconteceram e que acontecem até hoje. O movimento para tentar tomar o rio de volta para a cidade existe, mas ainda é visto como um caminho difícil e nebuloso pela maioria das pessoas.
Episódio 03 “Somos todos o agora – Rio Belém/PR”:
Neste episódio da série AS CIDADES AZUIS vamos conhecer o Rio Belém, um rio curitibano cuja nascente e foz estão dentro da capital paranaense. A questão dos parques será uma característica bem presente no episódio. Além do Parque Municipal Nascentes do Rio Belém, o rio passa por mais três parques. Em alguns deles, suas águas foram represadas formando lagos. Apesar de todos os títulos de qualidade de vida atribuídos a Curitiba, a situação do Rio Belém não é muito diferente dos demais rios que temos visitado.
Trata-se do curso de água mais poluído de Curitiba. Entretanto, iniciativas de revitalização e preservação estão em andamento graças ao diálogo estabelecido entre os governos municipal e estadual. Neste episódio vamos conhecer essas possibilidades de revitalização e, através do nosso discurso do episódio, vamos tentar dar um empurrãozinho nelas.
Episódio 04 “As curvas rumo ao pote de ouro – Mampituba/RS:
O rio Mampituba revela, sem dúvida, um potencial narrativo muito forte. Sua diversidade é imensa; seus personagens, marcantes. A vida em volta dele vibra e nos proporciona cores inspiradoras, que nos levam a um conceito que mira a transcendência, o movimento, o futuro. Não podemos - apenas - deixar que tanta beleza nos tire a atenção e faça que esqueçamos de abordar as problemáticas que envolvem o Mampituba.
Episódio 05 “O rio debaixo da terra – Rio Carioca/RJ”:
Não podemos falar sobre o episódio do rio Carioca sem citar onde ele se localiza na maior parte do tempo: debaixo da terra. Um diferencial que não só aguça a curiosidade do público para entender onde e como o rio está passando, mas que também nos conduz de uma forma diferente de outros rios já vistos. Os bueiros servem como portais para esse mundo misterioso, lugares onde podemos ter uma leve noção do que se passa no rio debaixo do Rio.
Episódio 06 “Equilíbrio – Rio dos Sinos/RS:
No episódio 06 da série As Cidades Azuis apresentamos o Rio dos Sinos, que corta parte do estado do Rio Grande do Sul e que é afetado pelas mãos da humanidade em diversos pontos por onde passa. Das nascentes à foz, o rio não é o mesmo. Há interferência, há paisagens lindas e histórias tristes. Há presença humana transformando. E esse será exatamente o ponto de foco do episódio: a sinuosa relação entre humanidade e natureza.
Episódio 07 “O Ontem para construir um novo amanhã – Rio Nhundiaquara/PR”:
O episódio do Rio Nhundiaquara será uma parada para reflexão, um afastamento dos centros urbanos, uma fuga à modernidade, um resgate da conexão com a natureza, uma aproximação ainda mais forte com o rio. Iremos acompanhar o leito do Rio Nhundiaquara como se estivéssemos ouvindo suas orientações para seguir em frente. Olharemos ao passado para reconstruir nosso caminho para o futuro. Iremos contemplar a água e nos posicionar no seu ponto de vista e fluir com o seu curso, revisitando a história para tentar melhorar o presente.
Episódio 08 “Singularidades Plurais – Rio Perequê-açu/PR”:
Entre todos os rios que passamos em “As Cidades Azuis” há diferenças claras, culturais, regionais, históricas. Cada rio representa um pequeno pedaço do que é o nosso país, como uma espécie de quebra-cabeça fluvial montado através das nossas narrativas. O rio Perequêaçu é mais um desses exemplos, mas não é apenas um pedaço da história do Brasil: Ele representa, junto com a cidade, o país como um todo. Desde as nascentes localizadas no Parque Nacional da Serra da Bocaina, descendo e chegando em lugares planos onde é possível fazer ecoturismo, onda algumas ocupações dividem espaços com a natureza e o rio corre entre pedras, passando pela cidade de Paraty, seus bairros nobres, periferias, centro histórico, turístico até se encontrar com o mar.
Episódio 09 “Outro Lados de um mesmo problema – Rio Guaíba/RS”:
Transitando entre rio e lago, dilemas e dúvidas, encontramos no Guaíba muito mais do que uma opinião lá e cá. Enxergamos diversas dicotomias, a começar pelas belezas proporcionadas pela visão e os problemas nascidos da invisibilidade. Do pôr do sol mais bonito do Brasil, como acreditam os porto-alegrenses, à pobreza cedendo espaço para as lanchas. Catadores dividindo estradas com carros importados. Ilhas cheias de mansões que em antepassados recentes já foram presídios políticos durante a ditadura.
Episódio 10 “Prática e ação, hoje e agora – São Bento/SC”:
O Rio São Bento nasce na Serra Geral do estado de Santa Catarina e passa pelas cidades de Siderópolis, Nova Veneza e Forquilhinha. É utilizado para abastecer os municípios de Criciúma, Forquilhinha, Maracajá, Içara, Nova Veneza, Siderópolis e Morro da Fumaça. O Rio São Bento também contribui para o aquecimento do turismo na região. Na região da foz, lavouras de arroz fazem uso do rio para irrigação e, por utilizarem agrotóxicos, acabam contaminando o rio. Essa poluição se agrava em decorrência do cruzamento com o rio Mãe Luzia, poluído por conta das indústrias carboníferas.
Episódio 11 “O velho riacho da rua da margem – Arroio Dilúvio/RS”:
O episódio inicia fazendo reflexões não apenas sobre a invisibilidade do Arroio Dilúvio, como também sobre o porquê devemos olhar para ele. Mais do que falar sobre as atuais condições das águas, o episódio retrata os processos históricos que estão comprometendo o nosso presente e que ameaçam o nosso futuro.
Episódio 12 “Mar de dentro – Lagoa da Conceição/SC”:
Neste episódio de As Cidades Azuis estamos em contato com certas peculiaridades, a começar pelo próprio “rio” em questão. A Lagoa da Conceição não é um rio, tão pouco uma lagoa como indica sua nomenclatura oficial. Na verdade, trata-se de uma laguna, uma vez que há um canal (uma espécie de saída) que conecta a Lagoa de Fora com o Oceano Atlântico. Lagoas ou lagunas têm um formato diferente dos rios, mas ainda assim possuem um curso. Mesmo que lento, há um fluxo. De qualquer maneira, ela nasce, flui e desemboca. Além dos vários fluxos de água de todos os lados que desembocam na lagoa.
Episódio 13 “Encerramento:
No episódio de encerramento da primeira temporada da série AS CIDADES AZUIS faremos uma espécie de retrospectiva geral, inicialmente trazendo imagens que ilustram a situação atual de cada uma das cidades, com destaque para os inúmeros contrastes que encontramos no decorrer da série. Essa sequência vai reinserir o público nos contextos que foram visitados. Em seguida, partimos para uma perspectiva das histórias das personagens, ou seja, faremos uma apanhado de depoimentos, concentrando a montagem nos trechos contendo soluções e segunda-feira, falas que inspirem o espectador a se identificar com a ideia principal do projeto Cidade Azul: Acreditar que salvar os rios é possível.