Série musical traça panorama da obra de Luiz Ayrão neste sábado (25) na TV Brasil

Publicado em 23/04/2015 - 20:00 e atualizado em 29/01/2016 - 09:17

Por Gerência de Comunicação Editor Gerência de Comunicação

Fonte EBC

Luiz Ayrão é o quinto personagem da série História das Canções neste sábado (25), às 19h, na TV Brasil. Carioca, advogado e portelense, ele tem músicas de sua autoria gravadas por Roberto Carlos e composições que marcaram as décadas de 1960 e 1970, como "O Lencinho", "Porta Aberta", "Nossa Canção", "Águia na Cabeça" e "Os Amantes".

Luiz Ayrão é o último homenageado do programa História das Canções (Gerência de Comunicação)Luiz Ayrão é o último homenageado do programa História das Canções (Gerência de Comunicação)

Habilidoso com as palavras e dotado de grande sensibilidade musical, Ayrão usa essas características para ser um arquiteto das canções, reorganizando versos, estrofes e títulos. "A música é assim. Tem um pedacinho que te arrepia e emociona", destaca o artista. Este último episódio do programa da TV Brasil tem as participações de Serjão Loroza, Nilze Carvalho e Alex Ribeiro que cantam músicas ao lado do amigo.

Convicto de sua vocação pela carreira artística, Luiz Ayrão afirma que traz o dom da primeira infância. "Não virei artista, eu nasci artista, pois componho e canto desde os cinco anos de idade”. Sobre seu processo de composição, revela que cria letra e melodia juntas.

Músicas compostas especialmente para a voz do Rei Roberto Carlos

O encontro com Roberto Carlos ganha destaque na atração desta semana, pois marca o início da trajetória profissional de Luiz Ayrão. Ele conta que quando foram apresentados pessoalmente, Roberto Carlos pediu uma música no estilo rock, Elvis Presley. Mesmo sendo um compositor de bossa nova e samba, Ayrão fez "Só Por Amor", gravada pelo novo parceiro e responsável pela visibilidade que viria depois.

"Nossa Canção", outro grande sucesso do compositor, também foi gravado pelo rei. "Roberto gostou, mas faltava uma parte da letra e ele já estava no estúdio. Em um intervalo terminei a música e ele eternizou", explica Ayrão.

Embate com a ditadura, ciúmes e celebração de amigos

A sambista Nilze Carvalho, do grupo Sururu na Roda, canta "Águia na cabeça", uma homenagem à Portela e a Clara Nunes. Serjão Loroza rasga elogios a Ayrão, se dizendo grande admirador e íntimo do repertório dele. "Se dependesse da minha mãe, você seria meu padrasto", brinca Loroza. Nascido em Madureira, ele canta a música "Porta Aberta", outro elogio à Portela.

Filho de Roberto Ribeiro, Alex Ribeiro canta "Bola Dividida", inspirada com bom humor na história de uma fã casada que deu em cima dele. Ao comentar sobre os relacionamentos, Ayrão revela que "Ciúme de você", canção popularmente conhecida pelo grupo Raça Negra, foi composta para a sua esposa. O músico admite ser bastante ciumento.

O artista teve duas músicas que desafiaram a ditadura. Em sua primeira e única vez em um festival, apresentou a canção "Liberdade, liberdade", que foi censurada pelo governo militar. "Eles a classificaram como subversiva e provocativa", lembra Ayrão. A outra, "Treze Anos", fazia referência à duração do regime na época e foi censurada em primeira instância. Numa perspicaz estratégia, o cantor e compositor mudou o nome da obra para "O Divórcio", livrando a canção da censura na segunda avaliação.

Serviço:
História das Canções – sábado (25), às 19h, na TV Brasil.

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