
Para lembrar os 150 anos de nascimento de Cândido Mariano Rondon, o Marechal Rondon, programa Caminhos da Reportagem desta quinta (21) às 22h na TV Brasil traça um panorama sobre a atuação e o legado deixado pelo militar. Referência para as novas gerações, o homenageado é uma das personalidades mais importantes da história do país e inspirou um projeto que faz a diferença para comunidades carentes e estudantes de todo o Brasil.
Em suas andanças aos mais remotos rincões, Rondon mostrou aos brasileiros a grandeza do país. Coube ao Marechal Rondon a difícil tarefa de explorar uma parte de nosso território que até então era denominada de terra desconhecida. Com a missão de levar o telégrafo ao Centro-Oeste e ao Norte do país abriu caminho para a colonização dessas regiões.
Para analisar a trajetória de Rondon, o Caminhos da Reportagem entrevista pesquisadores que ressaltam o pioneirismo do trabalho realizado pelo Marechal. “Ele foi um dos primeiros brasileiros a reconhecer a importância do índio na realidade brasileira. Não como um passado, mas como um presente”, explica o antropólogo Mércio Gomes, da UERJ.
O programa da emissora pública também conversa com o jornalista e cineasta Cacá de Souza, o historiador Elias dos Santos e o escritor Júlio Olivar, autor do livro "Caminhos de Rondon"; além da historiadora e escritora Laura Antunes Maciel.
Embrenhando-se por terras nunca antes desbravadas, Rondon enfrentou os mais diversos desafios, como o que realizou ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. Juntos navegaram um rio que ninguém sabia para onde se dirigia e que, por isso mesmo, tinha o nome de Rio da Dúvida.
A iniciativa do militar ajudou a detalhar o mapa do Brasil, desde seu interior até todas as fronteiras com os países vizinhos. "Quando faço palestras e faço para crianças sobre as realizações de Rondon, todas ficam fascinadas. Acham que é um Indiana Jones de verdade", recorda o cineasta Cacá de Souza.
O jornalístico da TV Brasil destaca o papel de Rondon junto aos índios. Neto de indígenas, ele ajudou a fazer contato com um grande número de etnias e contribuiu na sua preservação ao conseguir que tivessem suas terras demarcadas. Na relação com os índios, tinha o seguinte lema: “Morrer se preciso, matar nunca”. Por isso mesmo ficou conhecido como o “Marechal da Paz”.
O militar inspirou o Projeto Rondon, iniciativa criada em 1967, descontinuada durante um período, mas reformulada em 2005. Coordenado pelo Ministério da Defesa, o trabalho tem o objetivo de promover a integração social e envolve a participação voluntária de estudantes universitários. A proposta é encontrar soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem-estar da população.
Ao fomentar no estudante brasileiro o sentido de responsabilidade social, o Projeto Rondon favorece o desenvolvimento nacional. Em suas diretrizes, o trabalho estabelece que suas regiões prioritárias de atuação são aquelas com maiores índices de pobreza e exclusão social, bem como áreas isoladas do território nacional que necessitem de maior aporte de bens e serviços. Um exemplo deixado por Marechal Rondon.
Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (21) às 22h, na TV Brasil.