Caminhos da Reportagem visita Conservatória, a cidade da seresta

Publicado em 22/07/2015 - 14:26 e atualizado em 29/01/2016 - 09:17

Por Gerência de Comunicação Editor Gerência de Comunicação

Fonte EBC

O programa Caminhos da Reportagem desta quinta (23) revela curiosidades sobre a terra da seresta e da serenata. Conservatória é um distrito de Valença, no sul do Rio de Janeiro, que recebe músicos e turistas para relembrar as canções consagradas principalmente na Era de Ouro do Rádio. O jornalístico entrevista várias personalidades como o pesquisador Ricardo Cravo Albin, o cantor Agnaldo Rayol e o compositor Renato Teixeira.

Caminhos da Reportagem (TV Brasil)Caminhos da Reportagem (TV Brasil)

Há 137 anos, os moradores saem pelas ruas de Conservatória tocando e cantando de acordo com a tradição iniciada por professores de música que viveram na vila. A fama das serenatas se espalhou e vieram os visitantes, que acompanham os artistas pelos principais pontos da região todos os fins de semana. As casas do povoado são identificadas por plaquinhas com nomes das canções e seus compositores.

As serenatas à moda antiga, na janela das amadas, está na lembrança dos músicos locais, como Pedro Quinane, Adilon Raposo e Edgar Vilela. Eles contam tanto histórias de amor, como anedotas divertidas em torno dessa tradição.

O musicólogo Ricardo Cravo Albin, um dos mais reconhecidos estudiosos da Música Popular Brasileira, declara que é fã de Conservatória. Na opinião dele, é a única cidade do Brasil, “que se definiu por uma referência específica: a música da seresta. É a cidade da seresta, é a nomeação de Conservatória”, afirma o pesquisador.

A serenata é o principal evento, mas outros movimentos musicais convivem no distrito: apresentações de seresteiros na Casa de Cultura, chorinho na praça, saraus em casas particulares e pousadas, a “solarata”, cantada aos domingos de manhã na despedida dos visitantes e projetos para ensinar os jovens do lugar.

Aproveitando a visita à Conservatória, o programa da TV Brasil vai contar um pouco da história das serestas e serenatas, além de entrevistar músicos para saber como este gênero musical evoluiu no país. Para o cantor Agnaldo Rayol, o afeto e o envolvimento são diferenciais. “A seresta mexe com o coração de todo mundo. Até hoje, quem tem sentimento, quem tem amor no coração, com certeza se comove com uma seresta”, define.

Outro que declara ter saído de um baú de seresteiros é Renato Teixeira, autor de “Romaria”, para quem “a seresta está no DNA dos brasileiros para sempre”. O músico paulista destaca a importância de Conservatória para preservar a seresta antiga, mas afirma que ela está bem viva. “É principalmente uma coisa do futuro, que vai fazer a MPB cada dia mais bonita, nessa capacidade que ela tem de emocionar”,analisa o artista identificado com a música sertaneja de raiz.

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (23) às 22h, na TV Brasil.

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