Com uma programação recheada de filmes, a TV Brasil oferece uma série de produções cinematográficas diversificadas para agradar aos telespectadores da emissora:
Nesta sexta (3), a emissora exibe o filme brasileiro "A Mulher de Todos", de Rogério Sganzerla, com Helena Ignez, Jô Soares e Stênio Garcia, no Cine Nacional, à meia-noite.
Neste sábado (4), várias produções estão programadas. Primeiro, às 19h, vai ao ar a comédia "O Jeca e a Égua Milagrosa" no Festival Mazzaropi. A sessão Mama África traz o documentário "Autópsia de uma sucessão", às 22h40. A TV Brasil estreia o drama "A Festa da Menina Morta", primeira direção de Matheus Nachtergaele, no Cine Nacional, às 23h30.
Neste domingo (5), o documentário "El Cielo Abierto" está na sessão Soy Loco Por Ti Cinema, à meia-noite.
Na próxima quarta (8), a emissora apresenta "A Sandália de Lampião", na sessão Etnodoc, à meia-noite.
Já na próxima sexta (10), o documentário brasileiro "As Asas Invisíveis do Padre Renzo" é a atração do Cine Nacional, à meia-noite.
No próximo sábado (11), são três produções inéditas. Às 22h40, vai ao ar o documentário "As Deusas do Estádio", na sessão Mama África. Em seguida, às 23h30, o destaque é o drama brasileiro "Nove crônicas para um coração aos berros", no Cine Nacional. Já na madrugada, às 4h00, a emissora exibe o documentário "Cinema Novo", de Joaquim Pedro de Andrade, na sessão Médica Nacional.
Por fim, no domingo (12), o canal estreia o premiado drama argentino "El Estudiante" na sessão Soy Loco Por Ti Cinema, à meia-noite.
Filmes de 3 a 12 de julho de 2015
Sexta-feira, 3 de julho (madrugada de sexta-feira para sábado)
Cine Nacional – A Mulher de Todos
00h00, na TV Brasil
Ano: 1969. Gênero: comédia. Direção: Rogério Sganzerla, com Helena Ignez, Jô Soares, Stênio Garcia, Paulo Villaça, Antonio Pitanga, Abrahão Farc, Thelma Reston, Silvio de Campos Filho, José Carlos Cardoso, Antonio Moreira e José Agrippino de Paula.

Ângela Carne e Osso (Helena Ignez) é uma ninfomaníaca insaciável, casada com Dr. Plirtz (Jô Soares), ex-carrasco nazista e dono do truste das histórias em quadrinhos no Brasil. Entediada com sua vida doméstica, passa seu tempo colecionando homens no retiro idílico da Ilha dos Prazeres.
A atuação de Helena Ignez no filme de Rogério Sganzerla foi marcada pela inventividade e se tornou referência na história do cinema brasileiro. Ela foi escolhida a melhor atriz do Festival de Brasília, evento no qual o longa ganhou o prêmio de melhor montagem. A comédia ainda foi considerado o melhor filme em outros festivais que concorreu.
Reprise. 87 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 00h00
Sábado, 4 de julho
Festival Mazzaropi – O Jeca e a Égua Milagrosa
19h00, na TV Brasil
Ano de estreia: 1980. Gênero: comédia. Direção: Pio Zamuner e Amácio Mazzaropi, com Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Turíbio Ruiz, Gilda Valença, Augusto César Ribeiro.

Dois fazendeiros, Libório e Afonso, disputam votos para ganharem a eleição para a prefeitura de uma cidade pequena. Os dois têm terreiros de umbanda e candomblé, utilizando os espaços para ganharem frequentadores e votos.
Amácio Mazzaropi interpreta Raimundo, amigo do coronel Afonso. O rival de Afonso, Libório, tem uma égua, à qual as pessoas atribuem poderes milagrosos de cura. Os milagres da égua indispõem os dois fazendeiros.
Raimundo gosta da égua, mas sua amizade com o coronel Afonso o afasta dele. Raimundo se envolve em tantas confusões enquanto as eleições se aproximam que é obrigado a casar com a égua de Libório.
O longa “O Jeca e a Égua Milagrosa” foi o último filme de Amácio Mazzaropi que protagoniza a trama, além de dirigir, produzir e escrever o roteiro da comédia. Mazzaropi planejava iniciar em seguida, ainda em 1980, a produção do filme “Maria Tomba Homem”, mas a obra sequer foi iniciada em virtude da doença que matou o saudoso artista no ano seguinte.
Reprise. 102 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 19h00
Sábado, 4 de julho
Mama África – Autópsia de uma sucessão
22h40, na TV Brasil
Ano: 2009. Título original: Autopsie d’une succession. País de origem: França e Togo. Gênero: documentário. Direção: Batita Augustin Talakaena.
Depois de 38 anos no poder, a morte súbita do presidente Gnassingbe Eyadema, considerado imortal, foi o ponto de partida para uma grave crise sóciopolítica no Togo em 2005. As ruas ficaram vazias e os mercados fecharam no momento da notícia.
O exército tomou partido da situação para anunciar como presidente o filho dele, Faure Gnassingbe. Isso desencadeou uma revolta generalizada na oposição e na comunidade internacional.
Após várias semanas de protestos, ele renunciou. Consequentemente, o vice-presidente da assembleia foi escolhido para liderar o governo em transição. Em seguida, foram organizadas eleições, o exército agiu de forma violenta e muitos refugiados foram para as fronteiras.
Dirigido por Batita Augustin Talakaena, o documentário "Autópsia de uma sucessão" traça um panorama de um período conturbado vivido pela população do Togo.
Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 22h40
Sábado, 4 de julho
Cine Nacional – A Festa da Menina Morta
23h30, na TV Brasil
Ano: 2009. Gênero: drama. Direção: Matheus Nachtergaele, com Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.

Todos os anos, há duas décadas, uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho (Daniel de Oliveira) que, após o suicídio da mãe (Cassia Kis Magro), recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida.
A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor de Tadeu (Juliano Cazarré), irmão da menina morta. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.
O pai do venerado órfão (Jackson Antunes) aguarda os lucros prometidos pelo sucesso do evento, mas a ambígua relação que mantém com seu filho milagroso preocupa os mais próximos, principalmente a beata Tia.
Mãe postiça de Santinho, ela é a grande detentora das tradições do culto. Junto com a alcoviteira e sensual Das Graças, esmera-se por manter a ordem e a decência no local.
A jovem e apaixonada Lúcia prepara-se para ser uma das mais fiéis participantes do ritual, mas enfrenta dificuldades no ambiente sagrado e viciado da casa. A bela Diana (Dira Paes), exausta do amor e da vida, virá confortá-la.
Primeiro filme dirigido pelo ator Matheus Nachtergaele, o drama “A Festa da Menina Morta (2009) tem grande elenco formado por Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.
Em 2008, o longa foi lançado no Festival de Cannes, dentro da mostra Un Certain Regard. A partir daí, o filme seguiu uma trajetória premiada em eventos nacionais e internacionais.
No Festival de Gramado, “A Festa da Menina Morta” venceu nas categorias Melhor Filme, Júri Popular, Prêmio Especial do Júri, Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Melhor Fotografia, Melhor Música e Prêmio da Crítica. Já no Festival do Rio, o drama levou os troféus de Melhor Filme e Melhor Ator (Daniel de Oliveira). A Associação Paulista de Críticos de Arte concedeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Fotografia.
A produção também foi reconhecida internacionalmente. No Festival de Chicago, o título nacional ganhou o prêmio de Melhor Filme na mostra Novos Diretores. Já no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles, o drama venceu nas categorias Melhor Roteiro e Melhor Fotografia. Por fim, Daniel de Oliveira foi considerado o Melhor Ator no Festival de Cinema Luso-Brasileiro.
Inédito. 110 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 23h30
Sábado, 4 de julho (madrugada de sábado para domingo)
DOC TV (Música) – Maestro Jorge Antunes - Polêmica e Modernidade
02h30, na TV Brasil
Ano: 2005. Gênero: documentário. Direção: Carlos Del Pino
O documentário apresenta a história de Jorge Antunes, o maestro que trouxe a música eletro-acústica para o Brasil, mesclando o erudito com a cultura popular.
Durante o regime militar, Jorge Antunes desenvolveu uma atividade cultural e política junto a movimentos populares e intelectuais de redemocratização no país.
Por meio da Sinfonia de Buzinas e do polêmico Hino Nacional Alternativo, ele levou sua arte às ruas, em um contato profundo com o contexto político e social que o cercava.
O filme mergulha no universo da produção artística de Jorge Antunes a partir de um diálogo criativo e com raros materiais de arquivo: fotos, trechos de composições musicais, encenações, acervo pessoal do maestro e matérias de jornais impressos e televisivos.
Além disso, “Maestro Jorge Antunes - Polêmica e Modernidade” alia a contemporaneidade da arquitetura da capital do país com a música de Jorge Antunes e mostra como a Universidade de Brasília se tornou o reduto onde Antunes sempre lutou para associar o conhecimento e a erudição à vida cotidiana e ao senso de coletividade.
Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 02h30
Domingo, 5 de julho (madrugada de domingo para segunda-feira)
Soy Loco Por Ti Cinema – El Cielo Abierto
00h00, na TV Brasil
Título original: El Cielo Abierto. País de origem: México. Ano de estreia: 2011. Gênero: documentário. Direção: Everardo González.

Primeiro foi a palavra. Em seguida, a bala assassina e depois o silêncio. Assim começa o documentário sobre monsenhor Oscar Arnulfo Romero, a voz dos sem voz em El Salvador.
Durante uma das mais crueis guerras civis no continente, o pastor se atreveu a dizer que a missão da Igreja é a identificação com os pobres. Monsenhor Romero foi assassinado em 24 de março de 1980. O documentário "El Cielo Abierto" é a crônica de sua morte anunciada.
Dirigido por Everardo González, o filme foi reconhecido em diversos festivais da América Latina. O longa ganhou o Prêmio da Imprensa do Festival de Guadalajara e de Melhor Roteiro no Festival de Cinema Documental do Uruguai.
Inédito. 100 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 00h00
Domingo, 5 de julho
Festival Mazzaropi – Betão Ronca Ferro
17h30, na TV Brasil
Ano: 1971. Gênero: comédia. Direção: Geraldo Afonso Miranda, com Mazzaropi, Dilma Lóes, Roberto Pirillo, Geny Prado, Araken Saldanha.
Em Betão Ronca Ferro, o comediante presta uma justa homenagem aos artistas mambembes e a sua origem no circo. Mesmo depois da fama, Mazzaropi nunca deixou de frequentar os picadeiros ao redor do Brasil.
O humorista interpreta um empregado de circo que tem o ofício ameaçado quando a filha se casa e deixa o mundo dos espetáculos. O título faz alusão à revolucionária telenovela Beto Rockfeller, um fenômeno da época.
Reprise. 100 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 17h30
Quarta-feira, 8 de julho (madrugada de quarta para quinta-feira)
Etnodoc – A Sandália de Lampião
00h00, na TV Brasil
Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: Adriana Yañez. Codireção: Antonio Lino e Paula Dib.

Dentro da caixa de ferramentas do seu falecido pai, o Mestre Espedito Seleiro encontrou o molde de uma sandália com sola retangular, usada por Lampião para deixar pegadas que confundiam a polícia. O episódio marcou a trajetória do artesão cearense, que inventou um novo estilo ao reunir de modo original o universo dos vaqueiros e a estética do cangaço.
Nos anos 1930, o pai de Espedito Seleiro fez uma sandália para o Lampião. O modelo se diferenciava dos outros por um detalhe importante: o solado retangular, usado pelo Capitão Virgulino para confundir os rastejadores que, diante daquelas estranhas pegadas, não sabiam se o cangaceiro ia ou voltava.
Muito tempo depois, além da história que ouviu de seu pai, Espedito Seleiro mantém vivo também o ofício de família. Ao modelar selas, calçados, acessórios e roupas de couro, o mestre cearense se firmou como um dos mais importantes e reconhecidos artesãos em atividade no Brasil.
O documentário "A Sandália de Lampião" entrelaça a trajetória pessoal do Mestre Espedito Seleiro à própria história do couro na região do Cariri, no Ceará. Do auge da pecuária, que converteu o sertão num grande pasto natural, até o surto industrial iniciado nos anos 1960, que fez os vaqueiros desmontarem do cavalo para andar de moto, o filme retrata um período de profundas transformações na vida dos sertanejos.
Atualmente, Juazeiro do Norte é um dos maiores polos calçadistas do país. Aos poucos, o couro vai sumindo das linhas de montagem, dando lugar ao plástico e outros materiais sintéticos. O artesanato aperta o passo para acompanhar as mudanças. E enquanto ganha escala, a produção perde os requintes do trabalho manual.
Respondendo aos desafios de seu tempo de uma maneira bastante original, o Mestre Espedito Seleiro nos guia por um enredo conhecido: o eterno embate entre modernidade e tradição. A sandália de couro que Lampião usava para despistar seus perseguidores confunde os caminhos. A ida e a volta fazem parte do mesmo movimento. Que rumo devemos tomar? Como nos ensina o Mestre Espedito Seleiro, nessa falsa encruzilhada entre o passado e o futuro, muitas vezes, voltar-se às próprias raízes também é uma forma de seguir adiante.
Dirigido pela documentarista Adriana Yañes, o documentário "A Sandália de Lampião" é codirigido pelo escritor Antonio Lino e pela designer Paula Dib.
Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 00h00