Alberto Dines entrevista Luiz Alfredo Garcia-Roza no Observatório da Imprensa

Publicado em 27/01/2016 - 17:04

A edição especial e inédita do Observatório da Imprensa desta quinta (28), às 23h, na TV Brasil, recebe o escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza para uma conversa com o jornalista Alberto Dines.

Psicanalista e autor de 11 romances policiais, ele discorre sobre o sentido da morte nas obras do gênero. "O próprio homem que mata não sabe o porquê. O que move o indivíduo, às vezes, é o inescrutável", pontua.

Garcia-Roza é enfático em suas declarações na entrevista gravada no estúdio da emissora pública. "A literatura policial no Brasil entrou pela porta dos fundos, está na cozinha e ainda não chegou na sala de estar", afirma.

Professor Emérito da UFRJ, o convidado de Alberto Dines lembra que estreou na literatura aos 60 anos em 1996 com a obra "O Silêncio da Chuva". O escritor já começou no universo das letras ganhando os prêmios Jabuti e Nestlé na categoria romance por seu primeiro título.

As histórias desenvolvidas por Garcia-Roza têm o Rio de Janeiro e, principalmente, Copacabana como cenário para crimes e mistérios. Com personalidades bem exploradas pelo autor, os personagens ganham força na narrativa.

É o caso do detetive, agora delegado Espinosa, que virou tema de uma série de televisão. A adaptação traz o ator Domingos Montagner como a protagonista de "Romance Policial: Espinosa", sucesso do canal GNT. A produção se baseia no livro "Uma janela em Copacabana", de Luiz Alfredo Garcia-Roza.

O escritor conta ainda que o principal personagem de suas tramas é inspirado no filósofo holandês do século XVII Baruch Spinoza, mas no caso do policial "é um homem comum, um funcionário público que tem o direito de ser honesto e incorruptível", define Garcia-Roza.

Durante a entrevista ao programa da TV Brasil, o autor destaca que não utiliza a psicanálise nem a filosofia na sua literatura, mas confessa que tudo já está incorporado e sai na escrita naturalmente. Para Garcia-Roza, "a essência de todo crime não é o impenetrável: sem a lógica dedutiva não há o irracional e nem romance policial", conclui.

Serviço
Observatório da Imprensa – quinta-feira (28), às 23h, na TV Brasil

Compartilhar: