Excepcionalmente às 19h, o programa Samba na Gamboa agita no ritmo do carnaval de Salvador nesta segunda (8), na TV Brasil. O bamba Diogo Nogueira recebe os músicos Saulo Fernandes e Armandinho Macêdo que trazem toda a alegria da Bahia para a roda de samba.
Saulo está em carreira solo, mas brilhou anos como a voz da Banda Eva. Já Armandinho batizou a guitarra baiana. Ele é filho do idealizador do trio elétrico, Osmar Macêdo. Os artistas fazem do bate-papo informal um verdadeiro carnaval de Salvador ao cantarem hits como “Beleza rara”, “Pedras que cantam” e “Beleza pura”.
Primeiro vocalista homem da Banda Eva, Saulo Fernandes liderou o grupo por mais de uma década até a saída em 2013 para investir na carreira solo. Na conversa com Diogo Nogueira, o baiano recorda a época em que fez o chamado “Carnaval Pipoca” ainda com a Eva no Circuito Osmar em Salvador. “Acredito que o Carnaval deve representar a cidade e ser mais democrático. Todos devem poder participar de forma igual”, avalisa o músico.
Há três anos, o cantor percorre o país de norte a sul em trajetória solo. Saulo afirma que está entusiasmado com os desafios da nova fase de sua vida artística. “A carreira solo significa um recomeço e uma nova perspectiva de um horizonte ainda incerto, apesar de todas as certezas musicais que tenho”.
Durante a entrevista, Saulo defende a importância do respeito à diversidade rítmica do país. “O axé mexe com as pessoas. São emoções ancestrais que têm qualidade, valor e devem ser respeitadas”.
Filho de Osmar Macêdo, da dupla Dodô e Osmar, músico idealizador do trio elétrico, ícone da festa baiana, Armandinho comenta a trajetória artística da família. Conta que aprendeu a tocar bandolim aos dez anos quando o seu pai criou um trio mirim em 1962. Nas veias do cantor corre a paixão pelo axé, mas seu repertório é bem eclético, indo do rock ao jazz, do chorinho ao frevo.
Armandinho recorda o início da carreira. “Cantei no programa 'A grande chance', da TV Tupi, apresentado pelo Flávio Cavalcanti. Fiquei em 1º lugar na fase eliminatória, e no ano seguinte, fui contratado pela emissora para gravar meu primeiro disco, um compacto duplo e, posteriormente, um LP”, lembra.
Entre uma canção e outra, o artista explica a história de como batizou o cavaquinho elétrico ou pau elétrico, no final dos anos 1970, como guitarra baiana. Ainda ressalta a importância do grupo “Cor do Som” na sua carreira.
Serviço:
Samba na Gamboa – segunda (8), às 19h, na TV Brasil.