A edição especial do Sem Censura desta quarta (3) é dedicada ao cinema. A jornalista Leda Nagle entrevista diretores consagrados e novos talentos das telonas às 17h na TV Brasil. Na bancada do programa, a apresentadora recebe o cineasta Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, que completou 50 anos de carreira. Além do experiente diretor, participam do bate-papo as cineastas Joana Mariani e Adriana Dutra bem como o produtor e documentarista Lula Buarque de Hollanda.
A conversa de Leda com Bigode passa pela trajetória de mais de cinco décadas do diretor até os novos projetos como o drama “Introdução à música do sangue”, com Ney Latorraca e Bete Mendes no elenco, além do filme inédito. “O que seria deste mundo sem paixão?”
Em fase de edição, o longa revela a amizade dos escritores mineiros Lúcio Cardoso (1912-1968) e Murilo Mendes (1901-1975). Segundo Lacerda, a trama é um “encontro fantasmagórico” entre os autores interpretados respectivamente por Armando Babaioff e Saulo Arcoverde. Eles reaparecem como fantasmas e são perseguidos pelos personagens de suas obras, na pele de grandes nomes como Tonico Pereira, Paula Burlamaqui e Eriberto Leão.
Fundador da Conspiração Filmes, uma das principais produtoras audiovisuais do país, o diretor e produtor Lula Buarque de Hollanda comenta seu filme “O Vendedor de Passados”, baseado no romance homônimo do escritor angolano José Eduardo Agualusa. “Quando li o livro, eu me apaixonei pela ideia”, conta o cineasta.
O enredo mostra a história de um homem que cria passados para clientes em busca de biografias alternativas de si mesmos. O elenco do drama é protagonizado por Lázaro Ramos e Aline Moraes. “O personagem começa a catar ideias e histórias para esses políticos que tem muito dinheiro”, explica o diretor.
“Propus trazer esse personagem para o Brasil. Resolvemos que ele seria um cirurgião plástico já que o país é campeão mundial de cirurgia plástica. Peguei a ideia do protagonista e coloquei elementos autobiográficos também”, comenta Lula Buarque.
Já a cineasta Joana Mariani fala sobre o longa documental “Marias” que destaca como a figura de Maria ultrapassa o sentido religioso em sua jornada pelo feminino. O longa investiga o poder da fé em países da América Latina e traz a relação das pessoas com Maria. O Sem Censura mostra trechos do documentário.
Por fim, a diretora Adriana Dutra aborda o filme “Quanto tempo o tempo tem”, um documentário para quem tem tempo, não tem tempo ou não sabe o que fazer com o tempo. A cineasta é uma das idealizadoras do Brazilian Film Festival of Miami, considerado hoje o maior festival de cinema brasileiro no exterior.
Serviço:
Sem Censura – quarta-feira (3), às 17h, na TV Brasil.