EBC adere à 6ª edição do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça

Publicado em 20/04/2016 - 11:37 e atualizado em 22/04/2016 - 11:44

Por Gecom

Fonte EBC adere à 6ª edição do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça

Nesta edição, 124 empresas se comprometem a atuar no combate à discriminação racial e de gênero nas organizações

A EBC assinou nesta terça-feira (19) o Termo de Compromisso da 6ª edição do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. A Empresa foi representada pela secretária-executiva, Regina Silvério,e pela coordenadora nacional do programa, a jornalista e radialista Mara Régia. A solenidade foi realizada em Brasília.

A secretária-executiva da EBC, Regina Silvério, afirmou que  Empresa  entende a importância de tratar essas questões de gênero e raça e tem trabalhado para avançar em ações nesse sentido. "A EBC, em parceria com o  Comitê Pró-equidade, assumiu novos compromissos que nos levarão a ser uma empresa mais justa. Nesta 6ª edição vamos realizar o censo, que nos dará uma radiografia institucional e que poderá gerar subsídios para tomadas de decisões e para a implementação de instrumentos de gestão que garantam avanços e mais igualdade de oportunidades", explicou.

A coordenadora Comitê Pró-equidade da EBC, Mára Régia, ressaltou a importância de a Empresa continuar empenhada no combate às discriminações institucionais mesmo após ter recebido o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça  em 2015."É gratificante que mesmo em meio a um cenário político, social e econômico conturbado, a EBC reafirme seu compromisso com a busca de mais equidade de gênero e empoderamento das mulheres, que têm direito a uma vida livre de discriminação, da violência e da pobreza".

A adesão ao programa é voluntária e nesta edição 124 empresas públicas e privadas aderiram à proposta, cujo objetivo é incentivar práticas e ações que superem as desigualdades de gênero e raça no ambiente de trabalho. As instituições participantes se comprometem a atuar de modo a trabalhar pela eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, na remuneração, na ascensão e na permanência das mulheres no emprego, por meio de políticas específicas.

O Pró-equidade é coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, com o apoio de organizações parceiras. Além da ministra dessa pasta, Nilma Lino Gomes, também participaram da cerimônia de assinatura a Secretária Especial da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; a representante da ONU Mulheres no Brasil , Nadine Gasman; e o representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poschen.

Desafios

A Secretária Especial da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci,ressaltou que todas as ações do Pró-equidade são baseadas na eliminação dos preconceitos de gênero e raça dentro das organizações. “Não se empodera mulheres em uma sociedade que insiste em ser racista, machista, sexista, lesbofóbica e classista”, afirmou Menicucci.

 

A secretária Eleonora Menicucci durante a solenidade de assinatura do Termo de Compromisso da 6ª edição

 

Eleonora Menicucci disse que é no interior das empresas que esses preconceitos aparecem com mais força, principalmente na ascensão profissional. “Vivemos com a persistência dos rendimentos desiguais entre homens e mulheres. É aí que o Pró-Equidade atua, na máxima "trabalho igual, salário igual”. De acordo com a Secretária Especial, o programa já impactou 1 milhão de trabalhadoras e trabalhadores nas empresas participantes.

A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, ressaltou que as mulheres negras ainda ocupam as faixas salariais mais baixas e têm dificuldades de acessar o mercado de trabalho. Em média, os rendimentos são 30% menores que o dos homens. “As direções e os altos cargos ainda são ocupados majoritariamente por homens brancos”, afirmou.

Nilma Lino disse ainda que o Pró-equidade trata de temas relacionados à divisão sexual do trabalho, racismo institucional e assédio moral e sexual nas organizações e que o compromisso do programa é com uma nova organização social do trabalho, na qual haja uma perspectiva de gênero e raça associada a mais igualdade no ambiente de trabalho. “A incorporação da igualdade racial e de gênero tem possibilitado a revisão de códigos de éticas, dos planos de carreira, dos editais de seleção e dos instrumentos de gestão. É uma forma de implementar ações afirmativas nas empresas públicas e privadas”, esclareceu ela.

O representante da OIT, Peter Poschen, lembrou que algumas empresas podem ver a adesão a um programa dessa natureza como um risco. Ele ressaltou, no entanto, que a igualdade é uma vantagem comparativa pois contribui, por exemplo, para a melhoria do clima interno das empresas, traz inovações e é um elemento de competitividade.

A representante da ONU Mulheres no Brasil , Nadine Gasman, destacou que a adesão colabora para o empoderamento das mulheres em instituições públicas e privadas, embora, segundo ela, o Brasil ainda precise trabalhar de modo a garantir que os direitos estejam na centralidade de suas ações.

A secretária-executiva da EBC, Regina Silvério, a ministra Nilma Lino Gomes, e a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman

Nadine Gasman falou sobre a necessidade de os países se atentarem para o cumprimento dos objetivos estabelecidos pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, segundo a qual, por meio de 17 objetivos e 169 metas os países signatários se comprometem a concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Segundo ela, com relação às mulheres, os desafios são ainda maiores. “A assinatura desse termo reanima os nossos esforços ao agregar novas práticas e dar respostas contundentes pelo fim do racismo e do sexismo dentro das empresas”.


Pró-equidade na EBC


A EBC foi a primeira empresa de comunicação do país a aderir ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Em setembro 2013,apresentou, pela primeira vez, seu Plano de Ação para adesão à 5ª edição do programa, que tem caráter bienal, sendo formalmente aceita pelo Programa Pró-Equidade em dezembro do mesmo ano.

Desde então, a Empresa tem empreendido esforços e realizado ações voltadas para a promoção da equidade entre homens e mulheres. Como resultado, no dia 24 de novembro de 2015, a EBC foi agraciada com o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, concedido pela Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), da Presidência da República. O selo atesta o sucesso nos esforços de promoção de um ambiente igualitário nos âmbitos racial e de gênero.

 

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