O Estúdio Móvel desta quinta (7), às 19h30, na TV Brasil, discute a questão da identidade de gênero que é como uma pessoa se reconhece. Para refletir sobre a transgeneridade com a apresentadora Liliane Reis, o programa recebe a cartunista Laerte e a artista visual Joana Couto.
Artista renomada, Laerte fundou a Associação Brasileira de Transgêneros (ABRAT) em 2012. A cartunista é uma referência na luta dos transgêneros no país. "Eu sou feminina. Sou uma mulher e suponho que a melhor flexão no meu caso é o feminino. Não vi mais sentido em ter roupas masculinas nem ter uma autocompreesão masculina", conta Laerte Coutinho.
"Quase todas as pessoas que eu conheci nesse processo começaram muito antes ou pelo menos tinha a coinsciência da transgeneridade muito precoce. No meu caso não. A consciência veio quando eu comecei a praticar, vamos dizer assim. Foi relativamente fácil. A parte que foi difícil, de orientação sexual, já estava, não digo tranquila, mas já era resolvida para mim", explica Laerte durante o Estúdio Móvel.
Joana Couto é uma jovem moça que estudou e trabalha com artes plásticas, cinema e moda. Talentosa e bonita, é daquelas que chama a atenção. A única diferença é que ela não nasceu mulher. "Tenho muito menos problemas depois que assumi minha identidade de gênero e me coloquei como eu gostaria de ser em comparação à época que eu não tinha isso bem resolvido", avalia.
Durante o papo com Liliane Reis, ela conta que sua mudança de gênero teve início logo depois que começou a cursar Artes no Parque Laje. Joana lembra que sofreu pouco com o preconceito e a discriminação por ser transgênero. Ela atribui a isso o fato de trabalhar no meio artístico em que, ao seu ver, o preconceito é menor. "Desde sempre eu me projetei com uma imagem feminina", admite.
Serviço
Estúdio Móvel – quinta-feira (7), às 19h30, na TV Brasil