O Estúdio Móvel desta quarta (3), às 20h50, na TV Brasil, aborda a relação entre a cultura afro-brasileira e o audiovisual nacional. A apresentadora Liliane Reis entrevista profissionais ligados a área, como a cineasta Yasmin Thayná, para debater como esses elementos se relacionam. A proposta é refletir de que modo a produção audiovisual pode auxiliar na compreensão das culturas de matriz africana que tanto influenciam tanto a história brasileira.
Para entender a lógica contemporânea que não depende exclusivamente do mercado, o programa mostra o projeto Afroflix, lançado em maio deste ano, e idealizado pela cineasta Yasmin Thayná. Diferente do Netflix, o Afroflix é gratuito, colaborativo e somente entram filmes que possuem pelo menos uma área de atuação técnica ou artística assinada por uma pessoa negra. Durante o papo, a diretor conta que por enquanto apenas produções brasileiras estão na plataforma.
Yasmin diz que a ideia não é criar um espaço apenas para negros, mas pondera que o principal critério para que o filme seja incluído na curadoria do site é a criação de novas narrativas. Segundo a cineasta, são aceitas produções que desconstruam a narrativa clássica do papel do negro na sociedade.
Já em Salvador, a produtora Estandarte reuniu uma talentosa equipe pra produzir o curta de animação “Órun Àiyé”, feito em stop motion, e que narra o mito da criação do universo do ponto de vista da religiosidade afro-brasileira. De acordo com as diretoras Jamile Coelho e Cintia Maria, a animação serve também como um instrumento de educação, combate ao racismo e à intolerância religiosa em meio às crianças e jovens.
O Estúdio Móvel aprofunda o debate sobre os dois projetos que permeiam o audiovisual. Os convidados analisam essa produção com foco num protagonismo negro e na desconstrução dos estereótipos vistos em grande parte das produções de cinema e da televisão aberta.
Serviço:
Estúdio Móvel – quarta-feira (3), às 20h50, na TV Brasil.