Ver TV debate a cobertura televisiva dos Jogos Paralímpicos no Brasil

Publicado em 01/09/2016 - 16:56 e atualizado em 02/09/2016 - 19:35
Convidados destacam como o acesso à informação e a visibilidade sobre o tema contribuem na rotina de pessoas com deficiência

Entre os dias 7 e 18 setembro, o Rio de Janeiro promove as Paralimpíadas, evento que terá ampla cobertura da TV Brasil. Na mesma emissora, o Ver TV deste domingo (4), às 22h, o programa debate o interesse da mídia pela competição. Para os convidados, após a realização dos Jogos Olímpicos em agosto, a proximidade das Paralimpíadas começa a despertar a curiosidade do público brasileiro.
 
Para discutir a importância da cobertura da imprensa sobre o evento, o apresentador Lalo Leal recebe o cineasta Peppe Siffredi, roteirista do filme “Paratodos”, documentário que mostra a vida e atividade esportiva dos atletas paralímpicos; a professoraElisabeth de Mattos; e o nadador paralímpico Clodoaldo Silva, atleta que já conquistou 13 medalhas nas quatro Paralimpíadas em que participou.
 
Ídolo de gerações de atletas, o veterano Clodoaldo Silva, conhecido pelo apelido de o 'tubarão das piscinas', ressalta como a visibilidade sobre o assunto ajuda as pessoas como deficiência a buscarem seus direitos.
 
“Por falta de mostrar esse outro lado de questões de acessibilidade e de respeito, nós mesmos pessoas com deficiência, não vamos atrás dos nossos direitos, pela falta de informação. Então, nesse período que eu estive tanto na rádio quanto na TV, nós podemos informar e dar esse cenário, tanto esportivo quanto social para as pessoas com e sem deficiência”, explica o campeão.
 
O diretor de cinema Peppe Siffredi é autor do argumento do documentário “Paratodos”. O cineasta fala sobre a produção que apresenta a trajetória, a vida e os desafios de alguns atletas paralímpicos de natação, atletismo, canoagem e futebol, em fase de preparação para os Jogos Paralímpicos de 2016.
 
“A gente tentou sair um pouco dessa abordagem convencional, aonde de repente, uma deficiência define a pessoa. Então logo que você conta 'tal pessoa, ela é cadeirante, tal pessoa, ela não tem as pernas', você nunca diria isso de mim, narigudo, magro, branco, moço branco. 'Por que você é branco, Peppe? Por que você é narigudo? Por que você tem bigode?', são perguntas que as pessoas não se fazem, agora porque uma pessoa tá na cadeira de rodas ou porque ela é biamputada, curiosamente, parece anteceder o que essa pessoa é capaz de fazer”, analisa o roteirista.
 
Peppe também discute o respeito às diferenças durante a entrevista no estúdio do programa Ver TV. “O que eu acho, é que se você aceita a diferença, você aceita a barreira. Se você ama a diferença, ou pelo menos admira, ou pelo menos tem curiosidade, você derruba a barreira. Se você assume que uma pessoa se supera, você tá assumindo que existem obstáculos. Se você diz que a pessoa não é obrigada a superar, a sociedade é obrigada a dar uma olhada nisso, a gente começa a dissolver essa responsabilidade individual”, conclui.
 
Para ampliar as perspectivas sobre a questão, o programa da TV Brasil consultou outros especialistas. A atleta paralímpica da natação, Susana Schnardorf, diz como ela vê o interesse da mídia em relação à Paralimpíada.
 
O repórter Jairo Marques da Folha de São Paulo também analisa a participação da mídia na cobertura da competição. Já a repórter da TV Brasil Carla Maia conta um pouco da sua experiência como atleta e jornalista na cobertura de grandes eventos esportivos internacionais.
 
O Comitê Paralímpico Brasileiro tomou algumas providências para facilitar a vida dos repórteres que irão cobrir as Paralimpiadas. O gerente de comunicação do comitê, Rafael Maranhão, explica as iniciativas.
 
A TV Brasil fará transmissões de jogos e vai oferecer ao público ampla cobertura das atividades da Paralimpíada. O coordenador desse trabalho, Eurico Tavares, fala da relação das emissoras da Empresa Brasil de Comunicação com o Comitê Paralímpico Brasileiro.
 
Serviço:
Ver TV – domingo (4), às 22h, na TV Brasil.

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