Caminhos da Reportagem traz diferentes perspectivas sobre a arte urbana

Publicado em 11/10/2016 - 17:03 e atualizado em 11/10/2016 - 17:37
Toys já rodou o mundo, mas ama grafitar em Brasília

Grafite, pichação, arte ou vandalismo? Programa acompanha diversas formas de manifestar a expressão humana

A arte urbana ainda divide opiniões, mas é inegável que as cidades estão ficando cada vez mais coloridas. O fascínio pelo spray reúne artistas de todas as idades e estilos. Em comum, eles têm o desejo incansável de afirmar a liberdade de expressão. O Caminhos da Reportagem desta quinta (13), às 20h50, na TV Brasil, mostra o universo do grafite, suas fontes de inspiração e a rua como ateliê dessa galera.

A equipe do programa consulta diversos especialistas para investigar as raízes do grafite. Segundo os entrevistados, desde o começo dos tempos, homens e mulheres usam as paredes para manifestar suas indignações, angústias e aspirações. "Seria o homem deixando uma marca de sua passagem pela vida, uma expressão humana", define o artista plástico Celso Gitahy.

O jornalístico da TV Brasil reúne registros históricos dessas manifestações, como o "Maio de 1968", quando os estudantes de Paris picharam os muros da Sorbonne com palavras de protesto contra o então presidente, Charles de Gaulle. Também destaca a chegada da cultura hip hop no Brasil, muito influenciada pelos jovens do guetos de Nova Iorque, nos anos 1970. E consolida duas vertentes sociológicas do grafite: como "instrumento de inclusão social" e também como "arte urbana", que saiu das ruas e chegou às galerias.

O Caminhos da Reportagem revela ainda que, nos últimos anos, o grafite deixou de ser território essencialmente masculino e se tornou ferramenta de empoderamento feminino. No Rio de Janeiro, a Rede Nami, é uma organização não governamental que busca promover os direitos das mulheres por meio da arte urbana.

Em 2015, a organização criou o curso Afrografiteiras voltado para mulheres negras que se identificam com o feminismo. Elas usam o grafite como forma de comunicação para falar de uma maneira lúdica sobre temas como violência doméstica e igualdade de gênero.

"Esse negócio de ocupar o espaço público é o mais importante de ser mulher e estar no cenário da arte urbana", defende a grafiteira J-Lo Borges, do grupo.

Um dos personagens do programa é Toys que saiu de Brasília e já viajou pelo mundo expondo suas telas, mas não abandonou a paixão: grafitar as ruas da capital federal.

Já em São Paulo, o artista Alexandre Orion usa a sujeira da poluição para desenhar caveiras nos túneis da cidade. Já o artista Tec usa drones para registrar suas intervenções no asfalto. O Caminhos da Reportagem confere o efeito desses grafites na paisagem urbana.

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (13), às 20h50, na TV Brasil

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