Convidados analisam escolas que participam do Desfile das Campeãs do Rio

Publicado em 02/03/2017 - 14:53 e atualizado em 02/03/2017 - 15:11

Na transmissão do Desfile das Campeãs, a TV Brasil mostra a performance das escolas que retornam ao Sambódromo com um bate-papo dos apresentadores com especialistas sobre o resultado do carnaval carioca. Na Marquês de Sapucaí, os repórteres entrevistam destaques, carnavalescos e diretores das escolas vitoriosas.

No estúdio, a equipe debate os quesitos avaliados e o critério empregado pelos jurados. Luciana Barreto e Tiago Alves também trazem informações sobre o desfile, como o enredo de cada agremiação, a ficha técnica e o samba-enredo. Polêmicas, curiosidades e dados de carnavais anteriores ajudam na análise e compressão do público sobre a avaliação dos julgadores.

Ao término de cada apresentação, a reportagem registra a emoção dos componentes no momento da dispersão.

A sambista Nilcemar Nogueira, Secretária de Cultura do Rio de Janeiro, e o historiador Luiz Antonio Simas comentam o desfile da Beija-Flor, sexta colocada e primeira escola a voltar à Avenida. A agremiação de Nilópolis inovou com uma organização diferente das alas.

Em seguida, entra na Passarela do Samba a Grande Rio que levantou poeira com a musa baiana do axé, Ivete Sangalo. A sambista Dorina e o jornalista Anderson Baltar analisam o trabalho da escola de Duque de Caxias.

A Mangueira defendia o título conquistado no ano anterior. Em 2017, a escola terminou a apuração em quarto lugar. O carnavalesco Max Lopes e o jornalista Fred Soares debatem a apresentação da verde e rosa.

Desfile da Portela, vencedora do Carnaval 2017 no Rio de Janeiro ( Fotos: Fernando Frazão/ Agência Brasil) 

Para falar sobre a Acadêmicos do Salgueiro, terceira colocada, a TV Brasil conta com a participação da carnavalesca Maria Augusta e do jornalista Leonardo Bruno que comentam o desfile da agremiação tijucana.

Já a performance da Mocidade Independe de Padre Miguel é assunto do jornalista e escritor Fábio Fabato e de Bárbara Pereira, jornalista que também pesquisa e escreve sobre Carnaval.

A transmissão termina com a comemoração da campeã Portela. Luciana Barreto e Tiago Alves recebem um time de peso: o intérprete Jorginho do Império, a pesquisadora Raquel Valença e cantora Dayse do Banjo.

 

Classificação final e quebra do jejum da Portela

A proposta da Portela foi mesclar grandes rios que correm pelo mundo, como o Nilo e o Amazonas, com o rio metafórico da canção de Paulinho da Viola. A música “Foi um rio que passou em minha vida” do sambista portelense inspirou o desfile da agremiação.

Este foi o segundo ano do carnavalesco Paulo Barros à frente da azul e branca. Com o campeonato, a Portela quebrou um jejum de 33 anos sem conquistas na Sapucaí. A agremiação reúne ícones do Carnaval do Rio de Janeiro como Tia Surica, Noca e Monarco, verdadeiros baluartes do samba.

A Mocidade Independente de Padre Miguel, que liderava até o último quesito (enredo), ficou em segundo lugar com 269,8 pontos, um décimo a menos que a campeã. A Acadêmicos do Salgueiro foi a terceira colocada com 269,7 e a Estação Primeira de Mangueira veio em seguida com 269,6. Completam o Desfile das Campeãs Grande Rio e Beija-Flor.

O último Carnaval que a Portela conquistou sozinha foi em 1970 com o enredo "Lendas e Mistérios da Amazônia". Em 1980, três escolas dividiram o título: Portela, Beija-Flor e Imperatriz Leopoldinense.

Já em 1984, na inauguração do Sambódromo, a maior campeã do Rio de Janeiro dividiu o primeiro lugar com a Mangueira quando as duas agremiações brilharam na abertura da Passarela do Samba.

Desfile da Portela

Penúltima escola a pisar na Avenida, na madrugada de segunda para terça-feira de Carnaval, a Portela trouxe para a Marquês de Sapucaí um desfile que abordou as lendas dos rios. O espetáculo mostrou curiosidades sobre Iara, Boiúna, cobra-grande, boto cor de rosa e deuses.

A azul e branco de Madureira abriu o desfile com a piracema representada na comissão de frente. Os componentes vieram fantasiados como peixes nadando em direção à nascente.

Símbolo da escola, a imponente águia veio no tradicional abre-alas e borrifava água ao proteger uma fonte. No decorrer da apresentação, a agremiação mostrou como os rios deram origem a povoados, aldeias e civilizações.

Carros e fantasias jogavam água para cima enquanto uma das alas era formada por "crocodilos" que rastejaram na Passarela do Samba. A quarta alegoria da Portela chamou a atenção com o tom de crítica social. Em marrom, o carro recordava a tragédia que arrasou o Rio Doce após o desastre ambiental na cidade mineira de Mariana.


Confira a ordem do Desfile das Campeãs do Carnaval do Rio de Janeiro

1 - Beija-Flor - Sexta colocada
2 - Grande Rio - Quinta colocada
3 - Mangueira - Quarta colocada
4 - Salgueiro - Terceira colocada
5 - Mocidade - Vice-campeã
6 - Portela - Campeã

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