Série Entre o Céu e a Terra debate a traição em suas diversas perspectivas

Publicado em 12/05/2017 - 14:38 e atualizado em 12/05/2017 - 14:42

Produção traça panorama sobre como as diferentes crenças lidam com a situação

A sacerdotisa Aondê Airequecê, da religião Wicca

Traição é o tema do episódio da série Entre o Céu e a Terra deste domingo (14), às 13h, na TV Brasil. Fonte de muito sofrimento, a traição também pode trazer grandes aprendizados para aquele que trai e para quem é traído. A quebra de pactos, de combinados, ou mesmo a transgressão do que é considerado correto pela sociedade faz o mundo e as vidas mudarem e avançarem, mas deixa muitas pessoas machucadas para trás.

Líderes espirituais de diversas religiões contribuem com depoimentos sobre as traições de fieis contra Deus, as Igrejas, os amores, os amigos e os colegas de trabalho. Ao combinar linguagem documental com ficção, o programa investiga como a traição repercute no íntimo dos indivíduos e como as pessoas convivem com esse fato na vida em sociedade.

Na trama de dramaturgia de Entre o Céu e a Terra, o protagonista Alberto (Clayton Mariano), um professor de biologia que se espanta com a reação de um antigo amigo ao revê-lo na rua. A partir desse encontro, a história busca estimular a reflexão sobre o assunto.

Vários fatores podem levar a traição: insatisfação, vingança e até pela busca de algo novo. Na literatura, o programa resgata o exemplo do vingativo e invejoso Iago, em “Otelo”, obra clássica de Shakespeare. Já na política, lembra de quando Brutos traiu César. Entre o Céu e a Terra recorda que mesmo nas religiões existem muitos casos de traição, a mais famosa, talvez, sendo a de Judas para com Jesus.

No caso das traições amorosas, todas as religiões as condenam. Ou seja, todas consideram uma falta grave a quebra unilateral de um compromisso. No entanto, as várias crenças e fés possuem formas diversas de se estabelecer os combinados do matrimônio.

Para algumas, o pacto de fidelidade de um homem com sua mulher é definitivo. Para outras, podem haver casamentos abertos, nos quais os cônjuges podem ter outros parceiros, mas desde que isso seja um acordo entre todos. Ou seja, trair seria a quebra do pacto inicial.

Socialmente, as traições podem ser consideradas como transgressões, quando vistas como revoluções que rompem com algum tipo de tradição. Nesse sentido, a quebra do status quo pode ser vista como uma espécie de traição às tradições mas são elas que transformam o mundo e trazem novas formas de pensar de se viver.

Para discutir a questão, a série Entre o Céu e a Terra entrevista, nesta edição, a sacerdotisa Aondê Airequecê, da Wicca; o Rabino Ruben Sternschein, do Judaísmo; Adriano Camargo, da Via Luciferiana; Carlos Basílio, da Teosofia; o espírita Enivaldo Barbosa; Prem Abodha, do Desenvolvimento humano e meditação; e o ateu Rafael Morgan.

Serviço:
Entre o Céu e a Terra – domingo (14), às 13h, na TV Brasil.

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