Radialista Rubem Confete grava projeto "Depoimentos para a posteridade

Publicado em 26/09/2019 - 19:26 e atualizado em 26/09/2019 - 19:29

Experiente radialista, apresentador do programa Ponto do Samba, aos sábados e domingos, às 13h, na Rádio Nacional, o compositor, jornalista, roteirista e teatrólogo Rubem Confete foi homenageado pelo Museu da Imagem e do Som nesta quarta-feira, 25 de setembro de 2019, com o seu registro no projeto "Depoimentos para a posteridade".

Prestes a completar 83 anos, mesma idade da emissora em que trabalha, o experiente profissional tem muita história para contar e foi o convidado do mês para a entrevista do MIS realizada na sede da entidade, na Praça XV.

Participaram do bate-papo personalidades como o músico e fundador do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, Bira Presidente; o advogado, professor e presidente da escola de samba Portela, Luis Carlos Magalhães; e o jornalista Marcos Gomes, que trabalhou durante anos com o homenageado.

Nascido em 7 de dezembro de 1936, Rubem Confete ainda jovem cursou arte gráfica. Como radialista manteve durante vários anos o programa "Rio de Toda Gente", na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Adepto às gafieiras, foi após uma dança, sobre um salão salpicado de confetes, que surgiu o apelido Confete. Também foi passista da Estação Primeira da Mangueira e esteve do corpo de bailarinos da TV Excelsior.

Começou a escrever peças e a se apresentar em grupos de samba. Já passou por rádios como Continental e Roquete-Pinto, além de se aprofundar nas raízes da cultura afro-brasileira.

Traz no currículo também uma longa atuação na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), além de ser um dos fundadores do Centro Cultural Pequena África e do Instituto de Pesquisa de Cultura Negra (IPCN). Foi Presidente da Associação dos Barraqueiros do Terreirão do Samba, da qual foi um dos fundadores no ano de 1991 e também foi agraciado com a "Medalha Pedro Ernesto", concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Mais recentemente, atuou no Conselho Gestor do Cais do Valongo, na empreitada que tornou a região Patrimônio Cultural da Humanidade (Unesco). Também continua a compor e tecer seus comentários em programas da Rádio Nacional, além de estar envolvido em temáticas sobre a cultura negra e afro-brasileira.

Sobre a iniciativa "Depoimentos para a posteridade".

O Museu da Imagem e do Som inaugurou em 1966 o projeto "Depoimentos para a posteridade", inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas.

Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material, gravado em áudio e vídeo, de figuras notáveis, como Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Fernanda Montenegro, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Nelson Motta, Ary Fontoura, Antonio Fagundes, Nicete Bruno, Zezé Motta, Neguinho da Beija-Flor, Zeca Pagodinho, Paulo César Pinheiro, Daniel Filho, Geraldo Azevedo, Dori Caymmi, Zé da Velha, Riachão, Antonio Cicero, Ronaldo Bastos, Paulo Barros, Roberto Menescal, Cesar Villela, Joyce Moreno, entre outros.

Todas as gravações ficam à disposição do público, nas salas de consulta do MIS, 48 horas depois do término da entrevista. O Museu da Imagem e do Som do RJ fica na Praça Luiz Souza Dantas, 01, na Praça XV. O telefone da entidade é (21) 2332-9499.

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