O Menino que Engoliu o Sol

Publicado em 19/06/2020 - 20:05 e atualizado em 19/06/2020 - 19:10

Região: Centro-Oeste | Classificação Indicativa: livre | Direção: Patrícia Alves Dias

Gênero: Animação

Quantidade de episódios: 13

Duração de cada episódio: 7 minutos

A série de animação O MENINO QUE ENGOLIU O SOL que apresenta experiências sensórias do diálogo da criança com a natureza. Quando o dia acorda, o Menino Manoel e os bichos saem para brincar no quintal, onde tem Rio de Cobras, Árvores Pássaros e Peixe-Cachorro. Seu quintal é maior que o Mundo. É o PANTANAL.

Acontece que quando o dia dorme, Manuel tem tanto medo do escuro, que ele não quer dormir e, nem comer – sua barriga está cheia de medo. Donanna, sua avó, que passa os dias lavando, cozinhando e passando, acredita que Manuel tem doença alimentar e diz que a gente é o que come. Para apagar seu medo, ele resolve comer Luz, percebe que a mais brilhante é o Sol. Decide comer um pedaço do Sol que seu telhado costuma tocar. Porém, não foi apenas um pedacinho que ele comeu, foi o Sol inteiro. E Mundo todo fica no escuro.

O Menino descobre que todos os seres têm luz própria. E durante a noite todos continuam a brilhar. Assim, sem medo, Manuel pode voar bem alto para o dia voltar a nascer.

Sinopses dos episódios:

Episódio 01

Episódio 04

Episódio 07

Episódio 10

Episódio 13

Episódio 02

Episódio 05

Episódio 08

Episódio 11

 

Episódio 03

Episódio 06

Episódio 09

Episódio 12

 

Direção:

Patrícia Alves Dias

Patricia ALVES DIAS (1965, Olinda), realizadora e criadora de cinema infanto-juvenil, tem especialização em cinema de animação pelo National Film Board of Canada (NFBC, CA). Foi artista visitante dos Estúdios de Animação J. Trnka em Barrandov, na República Tcheca É mestre em educação com especialização em infância, juventude e cultura contemporânea (UERJ, BR) e graduada em jornalismo (UFRJ, BR). Pelo conjunto de sua obra, recebeu os títulos de AMIGA DO CINEMA INFANTIL no Festival de Cinema Infantil (FICI) e AMIGA DA CRIANÇA na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Tem conteúdos premiados no Japan Prize, UNICEF/OETI Barcelona, Animamundi, Prix Jeunesse America Latina, Nueva Mirada, Ottawa Animation, Festival de Havana, CINANIMA. Foi finalista na UNICEF Premio ibero-americano deComunicación de los Derechos de La Niñez y la Adolescência e seu projeto Carta Animada pela Paz recebeu o título da UNESCO/Paris de Melhores Práticas de Mídia da América Latina. Assina a produção, direção e roteiro da série O MENINO QUE ENGOLIU O SOL (13 x 7’), financiada com recursos públicos FSA/PRODAV/EBC.

Prêmios e Participações: (este espaço será atualizado durante o período de distribuição da edição)

Sinopses dos episódios:

1 Dia um ou ÁCÓ CÉNE

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do Ninho direto para o Quintal. E a cada dia, o que mais ele gostava de fazer, era voar fora da asa, encurtar o Rio que fica de costas para o Quinta.

Nessa manhã, ele brincou de aguar o Rio com uma Latinha furada. No Rio, comprido e sem fim, morava o Amigo Peixe-cachorro.

O Menino era cheio de invencionices para o dia não dormir. Naquela tarde, quis despor o Sol com uma linha do horizonte feita da teia da Aranha. Mas era hora de entrar, de comer, de dormir. E a Avó fez ternura.

2 Dia Dois ou Ácó Dúni

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro.

Amigos, Menino, Moscas, Borboletas, Pássaros e Jacarés, desde a beira do Rio, avistaram uma Saracura. A Terra ficou vermelha e choveu Mar dentro da Concha. Quando o Céu tinha mais inseto que o Menino chegou a noite. Era hora de entrar, de comer e dormir. O Menino só dormiu porque ia amanhecer logo, com sua Avó.

3 Dia 3 ou ÁCÓ CÚMU

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Nas manhãs, o Menino fazia de conta que vento tinha rabo e Bosques eram de águas de Andorinhas. Ariranhas voavam na Terra. Nas tardes, brincava de colecionar sons para a noite não encostar.

Era hora de ir para casa, de comer, de dormir. Teve fome de Luz.

4 Dia 4 ou Ácó Rékai

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro.

Um dia, viu um sapo virar bicho pau e a cobra andou no olho do Menino. Era dia de ir para a escola de canoa, porque Manoel já era Menino grande. Na escola aprendeu que seu Quintal um dia havia sido só água, céu e Sol: era o Mar dos Xaraés. A noite trouxe um cortejo de Vaga-lumes Guatós e alumiou o Medo e o Menino. Era hora de ir para casa, comer e dormir.

5 DIA 5 ou ÁCÓ TÓHERÁ

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Um dia, o Menino guardou a manhã no passarinho. Pardal, açucena, garça, beija-flor, socó, sabiá, quero-quero, tuiuiú e virou árvore antes da noite encostar. Era hora de ir para casa, comer e  dormir. Ao lado do pardal, o Menino dormiu antes.

6 DIA 6 ou AKÓ CÉNE KAÉKA I-RÁ

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. Naquele dia choveu torto e o Menino inventou uma canoa de folhas e tibummm, foi na casa dos jacarés, peixes, rãs, ariranhas e raias, brincar de fazer de conta. A tarde, quando a noite emedou o Menino, inventou um guardador de Dia.

7 DIA 7 ou ACO DÚNI KAÉKA I-RÁ

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal.

O Menino e a Onça colecionavam o silêncio de dias quentes. Nem folha se movia.

Mas no entardecer, as cercas de Corujas do quintal perseguiam o Sol. O Menino entendeu que o Sol é o que mais brilha.

8 DIA 8 ou ACO CÚMU KAÉKA I-RÁ

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal.

Antes da Aurora, Menino, Lesmas, Pedras, Aves e Sapos faziam poesia. Uns falavam com os outros. Mais tarde, na hora de entrar, comer e dormir, o Menino viu iluminado em cima da casa, o Sol. Ele era frio. Pronto, o Menino entendeu: podia comer um tiquinho do Sol para iluminar os cantinhos escuros do Mundo.

9 DIA 9 ou ACO RÉKAI KAÉKA I-RÁ

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. As Garças chamavam calor, Menino E o SOL. O dia empassarinhou e Menino, amigos e Latinha maravilhosa fizeram de conta que Navio era Canoa. A Noite ficou quente. Menino e o Sol dormiram.

10 DIA 10 ou ACÓ Kínu-i-rá.

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. O Menino viu músicas estendidas no Varal. Quis Apregoar o SOL por cigarras. Isso fazia as horas guardar LUZ. A Avó sabia que era na noite que passarinho ficava órfão. Se ocupou só do Menino e de Silêncio que desenchia o Medo.

11 - DIA 11 ou akó céne i-bo

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. Quando a chuva deformou o dia e o Sol esqueceu de levantar, Menino calçou as Latas Enferrujadas e o Rio ficou gordo. E o Sol dormiu no telhado.

12 DIA 12 ou akó DÚNI-I-BO

Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Naquele dia, o MENINO acordou antes da Avó, da Aurora e do Telhado que ainda dormia. Quando amanhecia pássaros, a Aurora não durou nem um instante. Nhoque, o Menino abocanhou o Sol.

O escuro ficou maior que o infinito Era Dia. Mas era Noite.

13 DIA 13 Acó cúmu i-bo

No Dia-Noite, Rios, rãs e jacarés banharam o escuro. Menino encosta a Luz no Quintal e a Noite não faria nunca mais silêncio de não passarinho. Hora de voltar para casa. E as crianças de grande que eram e viviam naquele quintal… o que mais lhes gostavam era voar fora e encurtar o RIO.

 

 

 

 

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