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Estatal testa tecnologia para reparar equipamentos de segurança ambiental

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Estatal testa tecnologia para reparar equipamentos de segurança ambiental

Criado em 13/08/12 17h42 e atualizado em 13/08/12 18h02
Por Alana Gandra Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

Plataforma de petróleo
Gerente da Nuclep explica que muitas plataformas da Petrobras estão trabalhando há cerca de 20 anos e precisam de reformas (Arquivo ABr)

Rio de Janeiro - A estatal Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep) tornou-se a primeira empresa brasileira a efetuar reparo em equipamentos de vedação usados em plataformas de petróleo. O trabalho incluiu teste de carga na estrutura de um BOP (do inglês blowout preventer, válvula de escape, em tradução livre), usado para evitar acidentes como os ocorridos no Golfo do México, em 2010, e no  Campo de Frade, na Bacia de Campos, no ano passado.

Após reformar a estrutura que sustenta o BOP a empresa reinstalou o equipamento na plataforma P-23, da Petrobras, situada no Campo de Roncador R7, na Bacia de Campos. Em seguida, fez o teste de carga, o primeiro gerenciado por uma indústria nacional, na semana compreendida entre 28 de julho e 4 de agosto.

O BOP Carrier é uma válvula automática com capacidade de vedar a cabeça do poço de petróleo em caso de vazamento. Ele é considerado peça fundamental para garantir a segurança na plataforma, inclusive na área ambiental. A reforma mecânica e hidráulica da estrutura que transporta, sustenta e movimenta o equipamento demorou um mês.

Os testes foram realizados com sucesso, durante uma semana de paralisação da produção da P-23. Em novembro, haverá nova parada para a colocação do novo BOP na unidade. O anterior, de menor peso e sem as condições de segurança exigidas atualmente, foi retirado da estrutura e será substituído por um maior e mais pesado, com capacidade de operar nos projetos do pré-sal.

O novo equipamento já está na Nuclep a espera de embarque para ser colocado na plataforma, que continua ativa realizando outros serviços. A exploração e produção serão retomadas somente após a reativação do sistema de segurança contra vazamentos.

“Nunca tinha sido feito esse tipo de reforma (de estrutura do equipamento BOP em uma plataforma de petróleo) no Brasil”, disse  à Agência Brasil a gerente de Métodos e Processos Industriais da Nuclep, Gláucia Valle. “A Nuclep foi pioneira nesse tipo de trabalho”, salientou.

Gláucia Valle explicou que muitas plataformas da Petrobras estão trabalhando há cerca de 20 anos e precisam de reformas. A estrutura com o BOP antigo foi transportada de balsa para a Nuclep, onde foi reformada e reforçada para poder receber o novo, com o objetivo de aumentar a segurança. “Foi feita uma engenharia bem complexa para colocar essa estrutura a bordo da plataforma”.

Nos testes, foi usada carga correspondente à do novo equipamento (220 toneladas), mais sobrecarga, totalizando 320 toneladas. O antigo pesava cerca de 99 toneladas a menos.

“A Petrobras está com uma preocupação muito grande com a questão da segurança, ainda mais após aquele acidente que houve no Golfo do México, onde não funcionou esse equipamento”, destacou Gláucia. Os testes confirmaram que o equipamento está preparado para atender às exigências da exploração de petróleo.

"O trabalho é difícil, porque é feito em alto mar, onde a plataforma permanece em movimentação. As paradas são feitas aos poucos, para evitar prejuízos, que “são prejuízos de milhões de reais”, disse a gerente da Nuclep. A reforma da estrutura do equipamento, incluindo o novo BOP, é estimada em 50 milhões de euros.

A P-23 se encontra a 300 quilômetros da costa e explora petróleo a uma profundidade de 1.863 metros de profundidade. O reparo e a atualização do equipamento foram feitos pela Nuclep em seu parque industrial, em Itaguaí, no Grande Rio. A reforma envolveu também outro equipamento de segurança, o X-Mas Tree Trolley, cujos testes de carga alcançaram 165 toneladas.

O domínio desse processo abre caminho para que a empresa possa fazer reformas desse equipamento em outras plataformas da Petrobras, competindo de igual para igual com empresas estrangeiras, de acordo com a gerente da Nuclep.

 

Edição: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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