one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Professor Rodrigo Ayres fez uma palestra sobre a gamificação da pedagogia durante a Campus Party

Imagem:

Compartilhar:

Gamificação da pedagogia: entenda como os jogos podem auxiliar no processo de aprendizagem

Criado em 31/01/13 14h50 e atualizado em 01/02/13 20h48
Por Davi de Castro (@davidecastro) Fonte:EBC

Professor fala sobre a gamificação
Professor Rodrigo Ayres fez uma palestra sobre a gamificação da pedagogia durante a Campus Party

Um holandês chega ao Brasil em 1624 e começa a descobrir um mundo totalmente novo, cheio de mistérios a serem explorados. Ele passa a trabalhar como segurança de uma importante figura da época que conduziu a invasão holandesa ao nordeste brasileiro e, com isso, presencia importantes cenas da História do Brasil. Você até pode ter estudado sobre esse assunto antes, mas já imaginou poder ser aquele holandês e ver de perto tudo o que aconteceu no período?

O professor Rodrigo Ayres desenvolveu um game que permite esse tipo de experiência inovadora de aprendizagem.  Mais que conhecer a história nua e crua, os estudantes podem visualizar, com o game Flamengo, como se deu a construção da identidade cultural do país. Assim, por meio do recurso que utiliza jogos de computador, chamada de gamificação, aprendem conteúdos de maneira leve e divertida.

Leia também:
Designer de jogos dá dicas para quem quer trabalhar com games
Gamers querem inclusão de jogos no Vale-Cultura

Segundo Rodrigo, a gamificação “atende as necessidades de uma educação moderna, voltada às suas tecnologias”. O uso de games é uma das várias formas da educomunicação para atrair a atenção dos estudantes e desenvolver habilidades e conhecimentos em diálogo com as diversas disciplinas.

Os resultados dessa inovação são animadores. O professor conta que, após utilizar o jogo Flamengo em aula, mais de 60% dos estudantes acertaram o conteúdo cobrado na prova. “O game pode ser um sucesso, mas depende de como você vai colocá-lo em sala de aula.  A interação é o segredo”, diz Rodrigo, que há 16 anos ministra aulas de geografia em escolas de Santa Catarina e São Paulo.

O professor desenvolve jogos educativos com os alunos, permitindo que eles planejem e construam os games. No ano passado, as oitos séries da escola em que leciona foram mobilizadas para participar do projeto. Cada turma ficou responsável por uma fase do jogo sobre a cidade de Sorocaba. Rodrigo conta que o processo de produção demandou dos estudantes uma intensa pesquisa sobre a região, envolvendo a criação de desenhos e fotografias, bem como o levantamento geográfico, físico e político, por exemplo. “O método permitiu a construção de valores, desde a consciência ambiental, a autoestima, o encontro com a identidade cultural local até a valorização dos conhecimentos de diversas disciplinas ”, avalia Rodrigo.

Estudantes protagonistas
Guilherme Erwin Hartung, professor da rede pública do Rio de Janeiro e fundador da ONG Gamed (Grupo de Ação para Melhorias Educacionais), também utiliza os games como instrumento para aprendizagem. Ele vê no recurso um potencial para instigar e reconhecer nos alunos valores que já possuem. Em seu projeto, os estudantes planejam e criam seus próprios jogos em sala de aula a partir de um tema que achem interessante para ser ensinado.  “Com isso, trabalho uma série de competências que normalmente não são trabalhadas na escola formal”, diz Guilherme. Entre elas, o professor lista o trabalho colaborativo, desenvolvido em equipe, numa dinâmica similar à de uma empresa. “A ideia é que eles experimentem um pouco o ambiente do mercado de trabalho”, explica. O aluno desenvolve também, nesse processo de criação, um intercâmbio entre as várias disciplinas. “A matemática, a química, a biologia e a física entram nesse meio de forma leve. Muitas vezes eles estão estudando física sem saber que aquela física é a mesma que ele estudou na disciplina tradicional da escola”, argumenta Guilhereme.

Na produção dos games, os alunos tornam-se protagonistas, sendo atores e autores do processo. Rodrigo explica que o professor deve apenas coordenar o processo e assumir o papel de nortear o que pode ou não ser incluído no jogo. Para os educadores que têm interesse em trabalhar com a dinâmica dos games digitais, o professor diz que começar com os tradicionais, como jogos de tabuleiros, é um importante passo para se ambientar e saber administrar a construção do conhecimento com os estudantes. Os interessados em conhecer alguns dos games do professor Rodrigo Ayres, como o jogo sobre a Amazônia (Amzing Amazon), podem ter mais informações aqui.

Veja entrevista com o professor Rodrigo Ayres:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

Veja entrevista com o professor Guilherme Hartung:

Creative Commons - CC BY 3.0 -
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário