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FAO lança software para proteger tubarões ameaçados de extinção
Criado em 19/02/15 17h39
e atualizado em 19/02/15 17h45
Por Mônica Villela Grayley
Fonte:da Rádio ONU em Nova York
Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que o software iSharkFin, numa tradução livre barbatanas de tubarão, servirá para identificar rapidamente as espécies do peixe marinho com o objetivo de evitar o comércio ilegal.
Com isso, a FAO pretende ajudar a conter o crime praticado contra espécies protegidas e a combater o comércio ilegal de barbatanas. O aplicativo pode ser usado por funcionários de alfândega, inspetores de mercados de peixes assim como pescadores, como explicou Monica Barone, que lidera a equipe do Departamento de Pescas e Aquicultura, responsável pelo software.
Segundo a FAO, o aplicativo fornece uma foto para que o usuário possa escolher vários pontos do formato da barbatana do tubarão, além de poder identificar outras características do peixe. Além disso, um algoritmo compara a informação recebida àquela contida no banco de dados para reconhecer a espécie. A agência da ONU informa que todo o processo dura no máximo cinco minutos.
Capacidade
Um aplicativo para tablets e telefones inteligentes está sendo desenvolvido para ampliar a capacidade de uso e alcance do software. Até o momento, o iSharkFin tem como identificar 35 espécies desde as barbatanas dorsais, aquela posicionada em cima da espinha do animal, a sete outras, localizadas abaixo das nadadeiras do tubarão.
Muitas são os tipos mais comercializados internacionalmente. Uma das dificuldades dos organizadores do aplicativo é listar todas as barbatanas, uma vez que algumas delas estão se tornando, cada vez, mais raras.
Segundo um estudo citado pela FAO, o número de tubarões mortos por ano pode chegar a 73 milhões, ou mais de 6% do estoque total do peixe marinho.
Espanha e Japão
A morte dos animais é feita para obter as barbatanas lançando depois o tubarão sem vida ao mar. O software foi desenvolvido pela FAO em parceria com a Universidade de Vigo, na Espanha, e recebeu financiamento do Governo do Japão. A Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas da Flora e Fauna Selvagens, Cites, também ajudou a financiar o projeto.
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