Especialistas questionam a relação sustentabilidade x reformas urbanas no Rascunho Zero

 

Nabil Bonduki arquiteto e urbanista, professor de planejamento urbano na FAU-USP publicou no Especial Ri0+20 da Carta Maior um arigo  tratando do tratamento que  questão urbana poderia ocupa no Rascunho Zero. De acordo com o especialista a questão urbana deveria ter papel de grande centralidade na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. “No entanto, o Draft Zero, primeira versão do documento elaborado pela ONU para ser assinado pelos chefes de Estado que vierem ao Brasil, não permite ser otimista a esse respeito: o tema “Cidades” foi tratado de forma genérica, merecendo apenas seis linhas, sem nenhum compromisso ou análise aprofundada.

Questionamento parecido também foi feito pela Relatora Especial da ONU para Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque, que pediu na última quarta-feira (06/06) aos governos para “apoiar plenamente” o direito à água potável e ao saneamento na Conferência das Nações Unidas. Veja matéria.

Veja os documentos na íntegra

Impasse marca discussões sobre documento final da Rio+20

Representantes de governos que negociam o documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) ainda não chegaram a um acordo. Para tentar superar as desavenças e avançar nas negociações, eles decidiram acrescentar mais cinco dias de discussões. A nova rodada será de 29 de maio e 2 de junho, na sede da ONU, em Nova York. Para o secretário-geral da Conferência, Sha Zukang, é preciso haver uma maior vontade política e um acordo entre todas as partes. Segundo ele,  o objetivo principal é chegar ao Rio de Janeiro com pelo menos 90% do texto pronto e deixar apenas os pontos mais delicados para serem negociados no Brasil. “Podemos ter um documento final que seja orientado para a ação e nos indique o futuro que queremos.”

As organizações da sociedade civil que participam do debate na sede da ONU têm tornado públicas as queixas devido à lógica de mercantilização da natureza que prevalece sobre o conjunto do debate. A Cúpula dos Povos buscará que as organizações sociais sejam capazes de fazer um diagnóstico conjunto sobre as causas estruturais das crises ambiental, alimentar e climática, bem como fazer uma agenda comum de lutas visando superar essas crises. É o que vem acontecendo no Grupo Articulador da Cúpula dos Povos que esta semana voltará a se reunir na cidade do Rio de Janeiro.

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