MTST cobra prefeitura de São Paulo

Imagem: Mídia NINJA

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Sem-teto protestam contra despejo acampados em frente à prefeitura de São Paulo

Criado em 16/09/15 17h30 e atualizado em 16/09/15 18h00
Por Daniel Mello e Fernanda Cruz Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil [2]


Um grupo de sem-teto acampou hoje (16) em frente à prefeitura de São Paulo para protestar contra a reintegração de posse da Ocupação Prestes Maia,  um edifício, na região da Luz, centro da capital,  que abriga 378 famílias e tem despejo marcado pelo juiz Rogério Aguiar Munhoz Soares, da 15ª Vara Cível, para 26 de setembro.

Segundo uma das líderes do movimento, Giovana de Araújo, o grupo vai permanecer o tempo necessário para ter as reivindicações atendidas. Ela chamou a atenção para a necessidade de que seja prestado algum atendimento aos moradores da ocupação. “Vão ficar onde? Na rua?”, questionou.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que já assinou o decreto de desapropriação do imóvel e vai apurar porque o processo de reintegração continua tramitando. “Vou averiguar, porque sei que esse decreto de desapropriação eu assinei faz bastante tempo. Em geral, quando se entra com a desapropriação, o processo de reintegração fica suspenso”, destacou.

Desde 2010, quando entraram no edifício, os moradores já foram alvo de 20 tentativas de despejo. O proprietário do edifício, Jorge Nacle Hamuche, da empresa Axel Empreendimentos Imobiliários Ltda, confirmou que recebeu da prefeitura, em juízo, 40% do valor referente a indenização pela desapropriação. Porém, ele questiona o valor: “O prédio está avaliado em R$ 27 milhões e a prefeitura avalia em R$ 22 milhões. Isso me gera um prejuízo de R$ 5 milhões”.

A reportagem da Agência Brasil apurou que o proprietário do imóvel não paga o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) desde 1986. A dívida atualizada chega a R$ 9,1 milhões. Em 2013, o valor venal do imóvel era estimado em R$ 6,5 milhões, numa área construída de 14,3 mil metros quadrados.

Hamuche admite uma dívida de R$ 6 milhões com a prefeitura, valor que ele garante que será pago caso o imóvel seja desocupado.Segundo ele, a intenção estabelecer parcerias para a construção de escritórios.

 

Editor Jorge Wamburg

Creative Commons - CC BY 3.0

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