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Declaração de que Dilma criticou cumprimento de decisão judicial foi um equívoco, afirma Gilberto Carvalho
Criado em 05/06/13 11h07
e atualizado em 05/06/13 11h20
Por Alex Rodrigues
Edição:Lílian Beraldo
Fonte:Agência Brasil [2]
Brasília – O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou ter cometido um “equívoco” ao declarar, durante uma reunião com índios de diversas etnias, que a presidenta Dilma Rousseff teria sugerido o descumprimento de ordem judicial, por parte da Polícia Federal (PF) [3], que determinava a retirada de um grupo de índios terenas de uma fazenda de Sidrolândia (MS). Um índio foi morto [4] e ao menos três ficaram levemente feridos durante a operação policial.
Em nota divulgada na manhã de hoje (5), Carvalho afirma que estava apenas tentando transmitir aos índios “a dor da presidenta Dilma” com a morte de Osiel Gabriel, 35 anos, na última quinta-feira (30). De acordo com Carvalho, embora a presidenta insista na negociação e no diálogo para a resolução de conflitos, ela, em nenhum momento, criticou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo fato de a PF ter cumprido a ordem judicial.
Carvalho acrescenta que, ao fim da reunião com os índios encerrada ontem (4) à noite, no Palácio do Planalto, se corrigiu, declarando (ATT: Lincar com ) aos jornalistas presentes que “ordem judicial a gente cumpre”.
O ministro também declarou aos jornalistas, depois de conversar com o grupo de índios que ocupou o principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte [5], no Rio Xingu, no Pará, que as obras na usina não vão parar [6]. “A obra de Belo Monte já está a meio caminho andado. Ela é necessária para nós e nós vamos fazê-la, sim, sem dúvida nenhuma. Vamos aceitar todas as formas de protesto democrático, mas não vamos aceitar que ela seja interrompida”, disse Carvalho.
Ontem à tarde, enquanto Carvalho e representantes de vários ministérios recebiam dos índios um documento com 33 reivindicações, mais um terena foi baleado em Sidrolândia [7]. Josiel Gabriel Alves, 34 anos, continua internado no Hospital Santa Casa de Campo Grande (MS).
Edição: Lílian Beraldo
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