Passos Coelho disse que as medidas têm o objetivo de  “salvaguardar” quem ganha menos.

Imagem:

Compartilhar:

Portugal tem semana decisiva para acordo político e formação de novo governo

Criado em 15/07/13 06h27 e atualizado em 15/07/13 11h18
Por Gilberto Costa* Edição:Talita Cavalcante Fonte:Correspondente da Agência Brasil/EBC [2]

Pedro Passos Coelho
Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro português. (Lusa)

Lisboa – Os partidos políticos com maior representação na Assembleia da República de Portugal têm esta semana para tentar um acordo de “salvação nacional” sugerido pelo presidente Aníbal Cavaco Silva [3]. O presidente, que tem poder de demitir o governo, dissolver o Parlamento e convocar eleições, quer que o Partido Social Democrata (PSD), o Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), ambos no atual governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, e o Partido Socialista (PS), de oposição, formem juntos um novo governo e antecipem as eleições legislativas de 2015 para 2014.

O pedido inclui o compromisso do próximo governo de garantir “a sustentabilidade da dívida pública, o controle das contas externas, a melhoria da competitividade e a criação de empregos”.

Leia mais:

Comandante das Forças Armadas do Egito diz que militares agiram seguindo desejo do povo [4]

Mandela está consciente e responde espontaneamente, diz neto do ex-presidente [5]

Ativistas do Greenpeace ocupam usina para forçar governo francês a reduzir produção de energia atômica [6]



Atendendo a Cavaco Silva, as legendas começaram conversar no fim de semana. Um encontro, no final da tarde de ontem (14), reuniu os representantes escolhidos do PSD, CDS e PS, estabeleceu como serão feitas as negociações e definiu o prazo de uma semana – próximo domingo (21) – para responder ao presidente da República.

Ao mesmo tempo, a Assembleia da República votará a quinta moção de censura contra o governo. A medida deve ser apresentada hoje (16) pelo Partido Ecologista (PEV), conhecido como Os Verdes, e votada na próxima quinta-feira (18). A moção será apoiada pelo Partido Comunista Português (PCP), pelo Bloco de Esquerda (BE) e pelo Partido Socialista (PS).

Ouça aúdio da Radioagência Nacional:

Para o líder do PS na Assembleia da República, deputado Carlos Zorrinho, não há contradição entre votar a moção que pede a extinção do gabinete de Pedro Passos Coelho e, ao mesmo tempo, conversar com os dois partidos que sustentam ao governo.

"Com os partidos, [o diálogo] é completamente diferente da relação com o governo. Este governo é um governo que nós consideramos que está esgotado e neste sentido votamos a favor da moção de censura", disse Zorrinho à Agência Lusa. Em abril, o próprio PS apresentou moção de censura [7] que foi derrotada pela maioria governamental.

Além da moção de censura, o diálogo entre PS, PSD e CDS-PP diverge quanto à marcação de novas eleições. Os socialistas querem que o pleito ocorra em junho de 2014, quando está previsto o fim do programa de ajustamento econômico apoiado por credores internacionais. Por outro lado, o governo quer chegar ao fim do mandato e ter as eleições somente em 2015. Em comunicado na semana passada, Cavaco Silva admitiu a antecipação das eleições [8] para o próximo ano.

*Com informações da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) e da Agência Lusa

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia [56] Fazer uma Reclamação [56] Fazer uma Elogio [56] Fazer uma Sugestão [56] Fazer uma Solicitação [56] Fazer uma Simplifique [56]

Deixe seu comentário