O Ônibus Hacker é repleto de grafites e faz "invasões" em eventos de tecnologia e cidadania pelo Brasil

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Ônibus Hacker “invade” Latinoware e se torna uma das atrações do evento

Criado em 19/10/12 13h52 e atualizado em 07/07/16 14h20
Por Edgard Matsuki Fonte:EBC

Em meio à Latinoware 2012 - IX Conferência Latino-Americana de Software Livre [2], construções robóticas e conversas sobre criações em códigos-fonte, um grupo de pessoas mexendo em massa de modelar, fazendo crochê, tocando violão e criando jogos de cartas chama atenção. Tratam-se dos integrantes do Ônibus Hacker [3], um veículo devidamente grafitado e que faz “invasões” em eventos de tecnologia e cidadania pelo Brasil.

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Quem pensa no nome Ônibus Hacker e imagina uma sala de computadores dentro de um veículo se surpreende ao conhecê-lo por dentro. Intimista, o ônibus tem um visual que faz com que os passageiros se sintam em casa.

Daniela Silva, uma das integrantes do ônibus, diz que o veículo é um instrumento para passar informação e também de diversão. “O ônibus nos dá a possibilidade de fazermos o que quisermos. Além disso, é um espaço menos vertical do que, por exemplo, as palestras da conferência”, explica. 

O Ônibus Hacker em imagens

Na Latinoware 2012, o Ônibus Hacker promove algumas oficinas. Uma delas usa massa de modelar caseira, uma câmera e um software de stop motion (técnica de fazer várias fotos virarem um filme). A ideia é representar dados disponibilizados pela Usina de Itaipu por meio de um filme em stop motion.

Daniela, que coordena a oficina, diz que tudo é feito na hora: “Para promover essa oficina, estou aprendendo a mexer no programa de stop motion em Linux [14]”.

Muito do que acontece no Ônibus Hacker é pensado na hora. “Somos adeptos a prática do faça você mesmo. E as pessoas não devem ter medo de ousar aqui”, explica Lívia Ascari, uma das organizadoras do ônibus. Além da oficina de stop motion, está organizada uma oficina de rádio para o último dia de Latinoware.

História do Ônibus Hacker

A ideia de criar um Ônibus Hacker surgiu em 2009, quando um grupo de membros da comunidade Transparência Hacker pensou em uma forma de promover encontros “off-line” e começar a divulgar informações em defesa da política de dados abertos no país, entre outras coisas.

Em 2011, o plano começou a virar realidade quando eles colocaram o projeto de compra do ônibus no site Catarse [15]. Eles pediram 40 mil reais para colocar o projeto em prática e receberam 58 mil.

Com o ônibus comprado, eles começaram a participar de eventos de tecnologia e de cidadania pelo Brasil. “Após a gente colocar o ônibus na estrada apareceu muita gente interessada. E começamos a ter participações para além do pessoal da Transparência Hacker”, diz Lívia.

Para a Latinoware, 16 pessoas embarcaram no Ônibus Hacker. Os próximos destinos do grupos devem ser Brasília (DF), Januária (MG) e Porto Alegre (RS). Todas as viagens estão programadas para novembro.

Confira o depoimento de Lívia Ascava sobre o Ônibus Hacker 

Creative Commons - CC BY 3.0 -

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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