Sob o signo da ditadura, nasce o Viva Maria

E a sua resistência aos resquícios dos anos de chumbo

Após os anos de Ditadura que assolaram o Brasil, e com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, chamada de Constituição Cidadã, o Brasil vivia momentos de liberdade. A recém chegada democracia, trazia junto a esperança de um País livre e com novas perspectivas de vida para o povo brasileiro.

Em 1989, aconteceu  a primeira eleição presidencial com voto direto pós-golpe militar de 1964, sendo eleito presidente o candidato Fernando Collor de Melo. Mas mesmo nesta nova conjuntura que o Brasil vivia, sentia-se ainda os resquícios da Ditadura, e na nova democracia, ações de autoritarismo ainda pairavam no Brasil.

Tanto foi assim, que o programa Viva Maria, que durante 10 anos ininterruptos esteve no ar pelas ondas da Rádio Nacional, teve sua trajetória nos microfones interrompida, pelo Governo Collor e sua famigerada reforma administrativa.

Em maio de 1990, o primeiro presidente eleito pós Constituição de 1988, Fernando Collor de Mello identifica Mara como uma “liderança negativa” e através de um telegrama a demite e proíbe a radialista de entrar na emissora, a extinta estatal Radiobrás.