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Paralimpíadas: Brasil e Irã decidem medalha de ouro no futebol de cinco

Criado em 17/09/16 12h20 e atualizado em 17/09/16 19h52
Por Edgard Matsuki Fonte:Portal EBC

Um dos momentos mais emocionantes dos Jogos Paralimpícos do Rio de Janeiro acontece neste sábado (17). Campeã paralímpica em 2004, 2008 e 2012, a seleção brasileira entra em quadra contra a seleção do Irã em busca do tetracampeonato e da hegemonia no futebol de cinco. A partida acontece às 17h, no Centro Olímpico de Tênis, no Parque da Barra (Rio de Janeiro). O Portal EBC faz o tempo real da partida nesta página (acompanhe abaixo).

Na primeira fase da competição, Brasil e Irã já haviam se enfrentado uma vez. Como a seleção entrou com o time o misto, já estava classificada e o Irã só precisava de um empate para passar, o jogo terminou 0 a 0.

Para o jogo deste sábado, o pensamento é completamente diferente. Precisando da vitória, o Brasil vai contar com três trunfos para conquistar mais um ouro: Ricardinho, Jefinho e a torcida. Além dos dois jogadores, que foram decisivos durante a competição, jogar em casa tem sido algo diferente para a seleção.

Em todas as partidas da seleção na competição e torcida esteve presente.

“Ouvir a vibração e o grito de gol da arquibancada é uma sensação maravilhosa. Sem dúvida, a torcida só ajuda. A gente vê a cada lance eles nos apoiando. Sem sombra de dúvida será uma grande festa”, disse o jogador durante entrevista coletiva na última sexta-feira (16).

Para além do apoio, os jogadores contam com silêncio dos no momento em que a bola está em jogo. Como o esporte é disputado por cegos e os jogadores se guiam pelo som de guizos durante a partida, o silêncio é fundamental na partida. Em alguns momentos, os torcedores escorregaram: “A gente foi também prejudicado algumas vezes, principalmente em lances de rebote. Quando o goleiro pegava a bola e a torcida fazia barulho, ficávamos um pouco perdidos”, diz Cássio.

O Irã, que tirou a Argentina nos pênaltis nas semifinais, conta com um trunfo embaixo das traves: Shojaeiyan. Ele ainda não tomou nenhum gol na competição. Se quiser ganhar, os brasileiros terão que passar por ele: “É um goleiro que tanto embaixo como em cima é um bom defensor. No chute que ele confiar vai ter que chutar”, aponta Luis Felipe Campos, preparador físico e chamador (pessoa que orienta o posicionamento dos jogadores e fica atrás dos gols) da seleção.

“Esse goleiro do Irã tem sido a grande surpresa. É difícil uma defesa passar invicta enfrentando Brasil e Argentina. Tem sido o melhor goleiro da competição. Vai ser um desafio bem grande. Primeiro, passar pela defesa do Irã, que é muito bem compactada. Depois disso, o desafio vai ser passar por ele. Contra o Brasil, chutamos de tudo que é jeito e ele defendeu. Esperamos que na final pelo menos uma passe”, disse Jefinho.

Campanha

A partida contra o Irã é a quinta da seleção brasileira nas Paralimpíadas. Até o momento, o Brasil venceu três jogos e empatou um. Na estreia, a seleção enfrentou Marrocos. Teoricamente, esse seria o adversário mais fraco do Grupo A. Porém, o Brasil chegou a estar perdendo o jogo. Só no segundo tempo o Brasil virou. Com gols de Ricardinho, Nonato e Jefinho, ganhou por 3 a 1.

A segunda partida foi contra a Turquia. Adversário duro, os turcos catimbaram durante todo o jogo. A barreira turca foi quebrada aos 13 minutos do primeiro tempo, com Ricardinho. Cássio marcou o segundo gol, de pênalti. Para além dos gols, um lance que chamou atenção foi a agressão do turco Bayraktar em Cássio. O juiz demorou para ver o soco que ele deu no brasileiro e só foi “alertado” por vaias da torcida após o lance. Após isso, o turco levou o vermelho.

Já classificada, a seleção entrou para em campo contra o Irã no 3º jogo da primeira fase. O técnico Fábio Vasconcelos aproveitou para poupar Ricardinho e os zagueiros Cássio e Damião. A partida marcou a estreia do angolano Maurício Dumbo em Paralimpíadas. Vindo de um país em guerra, ele adotou o Brasil como casa há 15 anos. Dentro da quadra, o jogo ficou no 0 a 0 e o Brasil passou em primeiro.

As semifinais foram tensas contra a China. As seleções reeditaram jogos duros de 2008 e 2012. O time asiático chegou a estar na frente no placar. Mas aí Jefinho foi decisivo. Com Ricardinho fora de campo por causa de um choque de cabeça, Jefinho marcou dois golaços e colocou o Brasil na final. No primeiro deles, ele lembrou Maradona na Copa de 1986 contra a Inglaterra. O jogo terminou 2 a 1 e o Brasil foi para a final.

* O conteúdo foi atualizado às 19h deste sábado para correção de informação. A disputa da final do Futebol de cinco não foi exibida neste sábado (17) pois a transmissão da partida da Série B, no mesmo horário,  já estava prevista contratualmente pela TV Brasil. Informamos, porém,que a TV Brasil irá transmitir a gravação de Brasil x Irã neste domingo (18), a partir das 18h. 

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