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Rio: manifestantes pedem reformas no Hospital Municipal Salgado Filho
Criado em 14/08/13 14h27
e atualizado em 14/08/13 14h33
Por Agência Brasil
Rio de Janeiro – Centenas de pessoas fizeram uma manifestação na manhã de hoje (14), em frente ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio, por melhorias na estrutura e no quadro de funcionários da unidade. O protesto foi convocado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), depois de uma fiscalização do órgão, que constatou problemas que dificultam o trabalho dos médicos e colocam em risco a saúde dos pacientes.
O Cremerj descreveu as dificuldades em um relatório que foi entregue a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No protesto de hoje, os manifestantes vestiam branco e carregavam cartazes que pediam o apoio da população ao hospital. Duas viaturas policiais reforçaram o policiamento em frente à unidade.
Entre os principais problemas descritos no relatório do conselho estão a superlotação, a falta de profissionais de saúde e leitos montados de forma errada, que, segundo o documento, contribui para a transmissão de doenças respiratórias.
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“Nós precisamos ter concursos públicos, precisamos repor esse pessoal com salários que sejam atrativos. Estão com esse programa de Mais Médicos [do governo federal] para o interior. Mas nós estamos vendo aqui [falta de médicos], dentro do Rio de Janeiro, no Méier, que é um bairro populoso, que tem uma quantidade enorme de estabelecimentos comerciais, residências. Esse bairro está desprovido do mínimo que possa ser para o povo ser atendido em uma emergência”, disse a presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo.
Ainda segundo ela, o Cremerj fiscaliza as unidades de saúde rotineiramente. “A gente sempre faz fiscalização nas unidades. É obrigação do Conselho Regional de Medicina. Principalmente para poder ver as condições que o médico trabalha. Nós já entregamos vários relatórios para a Secretaria Municipal [de Saúde]. Agora a gente está mostrando para a população o que está acontecendo. Porque só o povo na rua é que vai resolver, porque a secretaria não está nem aí para isso”.
A coordenadora de emergência e ambulatório do Hospital Municipal Salgado Filho, Eneida dos Reis, disse que muitos pacientes ficam em macas durante a internação. “A gente está vivendo um clima bem tenso. A quantidade de pacientes que a gente recebe é um número muito além da nossa capacidade de atender. E a quantidade de profissionais não é nem de longe o preconizado pelo Cremerj, pela sociedade para atender aquela demanda. A gente tem pacientes internados em macas, o que não é nem de longe o ideal de atendimento. Maca é para transporte, não é leito”.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, em nota, que investiu mais de R$ 6 milhões em obras e equipamentos, em 2012, no Hospital Salgado Filho. E, de acordo com o seu planejamento, a unidade será a próxima “a receber as melhorias já implantadas nas outras unidades da rede”. A SMS admite que “em dias de maior demanda, pode haver acomodação de leitos acima do ideal, com pacientes em observação”.
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