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Encontro no Rio debate psicanálise na juventude
Criado em 02/10/14 19h19
e atualizado em 02/10/14 19h59
Por Da Agência Brasil
Edição:Stênio Ribeiro
Fonte:Agência Brasil
O Rio de Janeiro recebe na noite de hoje (2) e amanhã (3) jornada de psicanálise na qual serão discutidos temas relacionados a crianças e adolescentes. Intitulado Riscos, Rabiscos e Construções, o evento reúne psicanalistas brasileiros e estrangeiros, além de estudantes universitários da área.
Coordenadora do evento e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, a médica Ana Fabrosa explicou a importância da escolha de assuntos envolvendo os jovens para o encontro. “Nosso objetivo é trocar experiências clínicas e teóricas a respeito desse grupo. As crianças e adolescentes requerem técnica diferente do adulto no alívio dos sofrimentos, traumas e angústias. Além disso, quanto mais cedo for possível interceder, maior a chance de compreensão dos problemas para poder seguir em frente e superá-los”, afirmou.
Também da coordenação do evento, a psicanalista Teresa Rocha trabalha a questão dos traumas em jovens de comunidades, e explicou que a desigualdade pode influenciar no comportamento desse grupo. “Não é uma questão de causa e efeito, mas a exclusão social é potencializadora. A condição de invisibilidade social atua como importante fator traumático, que pode ser gerado a partir da infância, e causar falhas no desenvolvimento psíquico”, disse.
Teresa falou sobre a forma como a psicanálise pode ajudar no tratamento de crianças e adolescentes. “Ajudamos os jovens a entrar em contato com sua subjetividade, a refletir a respeito dos seus problemas e, a partir daí, saber como enfrentar as suas próprias dificuldades”, disse ela, ressaltando que o trabalho não deve envolver somente a juventude, mas a todos. “A ideia é que se trabalhe não só os jovens, mas todos que estão em volta dele, como os familiares e os educadores, para ajudar a encontrar alternativas que tragam alívio e bem-estar para o grupo”, ressaltou.
Outras questões a serem abordadas na jornada são a perda de entes queridos, os processos de subjetivação dos jovens e a medicalização diante dos transtornos na infância e na adolescência.
Editor Stênio Ribeiro
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