one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Pessoas reunidas em protesto na cidade de Aveiro

Imagem:

Compartilhar:

Troika volta a Lisboa para avaliar extensão de prazo para a dívida portuguesa

Criado em 13/04/13 15h26 e atualizado em 15/04/13 14h41
Por Gilberto Costa Edição:Fernando Fraga Fonte:Agência Brasil

Protesto em Portugal
Pessoas reunidas em protesto na cidade de Aveiro (Movimento Que se lixe a troika/ Facebook )

Lisboa – Uma missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia (CE), a chamada Troika, retorna nesta segunda-feira (15) à Lisboa para analisar a execução orçamentária do governo português e avaliar as medidas de austeridade, incluindo a compensação de 1,3 bilhão de euros que terão que ser gastos após a decisão do Tribunal Constitucional que considerou ilegais quatro medidas contidas no Orçamento de Estado 2013.

A missão relâmpago da Troika, um mês depois da visita para a sétima avaliação do programa de ajustamento econômico acertado com credores internacionais, é esperada com ansiedade pelo governo lusitano. A visita poderá liberar a parcela de dois bilhões de euros esperada para maio e também poderá acertar a prorrogação por sete anos do prazo para pagamento da dívida externa contraída em 2011.

Com mais prazo, o governo de Portugal espera poder diluir valores de pagamentos que seriam iniciados em 2015, e assim ter, em tese, mais condições de quitar a dívida. A renegociação também poderá favorecer Portugal no regresso ao mercado financeiro internacional para revender títulos da dívida pública e emitir novos papeis.

Na sexta-feira (12), em Dublim, na Irlanda, os ministros das finanças presentes na reunião do Eurogrupo concordaram com a prorrogação que poderá ser também reivindicada pela Irlanda. No final do ano passado, a Troika deu mais prazo à Grécia e perdoou parte da dívida externa.

Apesar do alívio financeiro, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) não crê que a prorrogação dos prazos de pagamento do empréstimo poderá aliviar a situação social em Portugal, onde já há quase um milhão de desempregados (cerca de duas pessoas a cada 10 em idade produtiva).

“O maior problema tem a ver com os juros. Nós não vamos pagar a dívida”, disse o secretário-geral da central. Segundo ele, a prorrogação por sete anos é “profundamente insuficiente” e o país, com as medidas de austeridade acordadas com a Troika desde 2011, não conseguirá gerar riqueza para pagar a dívida.

Armênio Carlos comandou neste sábado (13) manifestação em frente à Assembleia da República em Lisboa. A CGTP defende que Portugal “rompa” o memorando do programa de ajustamento da Troika e renegocie mais prazos para pagar a dívida e equilibrar o déficit orçamentário. A central ainda quer que o país reveja o montante principal do endividamento e as taxas de juros do financiamento estrangeiro; e elabore um programa para desenvolvimento de setores da economia como pesca, agricultura, mineração e indústria metal-mecânica.

A CGTP está em campanha para o aumento do salário mínimo (congelado há dois anos) dos atuais 485 euros para 515 euros (cerca de R$ 1.390) e defende que haja novas eleições parlamentares para substituição do gabinete do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. O governo é contra o aumento por causa do impacto nas contas públicas. Empresários da indústria e do comércio se dispõem a negociar, mas esperam que o governo reduza a taxação para a seguridade social.

*Com informações da Agência Lusa

Edição: Fernando Fraga
 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário