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Equador e Reino Unido mantêm impasse sobre extradição de Assange
Criado em 27/09/12 15h27
e atualizado em 03/10/12 14h33
Por EBC
Fonte:Agência Lusa
(Agência Lusa) – O Reino Unido e o Equador não conseguiram alcançar um acordo nesta quinta-feira (27) sobre o processo de extradição do fundador do 'site' WikiLeaks Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde junho último.
Os chefes da diplomacia do Equador e do Reino Unido, Ricardo Patino e William Hague, respetivamente, reuniram-se em Nova Iorque, paralelamente à 67.ª assembleia geral das Nações Unidas.“Não vemos uma solução imediata”, afirmou Patino, em declarações à imprensa, após o encontro, reiterando a posição das autoridades de Quito de conceder asilo diplomático a Assange.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico insistiu que Londres não reconhece a figura legal do asilo diplomático e como tal “tem a obrigação de extraditar Assange para a Suécia”, onde o fundador do WikiLeaks é acusado de dois crimes sexuais, indicou um porta-voz de Hague. Assange recusa a extradição para a Suécia, alegando que corre o risco de ser entregue aos Estados Unidos para responder na justiça por espionagem, após a divulgação pelo "site" de 250 mil telegramas diplomáticos secretos norte-americanos.
O chefe da diplomacia britânica já afirmou que os receios de Assange ser extraditado da Suécia para os Estados Unidos e correr o risco de ser condenado à pena de morte "são infundados".
O Governo equatoriano anunciou em 16 de agosto que concedia asilo político a Assange.
Na quarta-feira, o fundador do WikiLeaks pediu à administração de Barack Obama que acabe com a perseguição e exigiu garantias aos governos do Reino Unido e Suécia de que não será extraditado para o território norte-americano.
“Estamos de acordo nos discursos que falam de alcançar a paz, contudo, o tempo das palavras acabou. Chegou a hora de os Estados Unidos pararem com a perseguição ao WikiLeaks, ao nosso pessoal e às nossas fontes”, afirmou Assange, numa videoconferência durante uma iniciativa organizada na sede das Nações Unidas.
O australiano, que realizou a intervenção da embaixada do Equador em Londres, disse que, até ao momento, nem o Reino Unido nem a Suécia deram garantias às autoridades equatorianas de que ele não será extraditado para os Estados Unidos.
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