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Novos protestos devem percorrer o mundo neste sábado
Criado em 12/10/12 17h21
e atualizado em 13/10/12 09h47
Por Leandro Melito - EBC
Um anos após o movimento organizado pelas redes sociais, que provocou a ocupação de praças públicas em todo o mundo para pedir por uma mudança global - o #15O, realizado no dia 15 de outubro - um novo chamado corre as redes chamando para mobilizações simultâneas neste sábado, dia 13 de outubro.
Intitulado de #GlobalNoise (Barulho Global), o novo protesto pretende tomar as ruas de diferentes cidades ao redor do mundo com panelaços, sob o slogan “muitas vozes, uma luta”.
Elites
O tema comum do protesto é a segmentação das elites políticas e financeiras "responsáveis pela destruição das comunidades e do planeta, ressoando em uma contínua onda de protestos contra a austeridade na Europa e ao redor do mundo”. Segundo o manifesto divulgado pela internet, o Global Noise é o “símbolo de esperança e unidade, com base em uma grande variedade de lutas por justiça global e solidariedade, garantindo que juntos criaremos um novo mundo”.
Demandas locais
Cada cidade deve pautar o protesto com base nos problemas locais. “Não devo, não pago”, será o tema dos protestos na Espanha. Em Portugal a mobilização será contra a Troika, medida de austeridade imposta ao país pela União Européia. Uma mensagem contra a guerra virá de Istambul e em Tóquio será realizado um protesto em frente ao encontro anual do Banco Mundial.
São Paulo
A capital paulista acompanhou as ocupações de outubro de 2011 com um acampamento em pleno Vale do Anhangabaú e prepara nova mobilização para este sábado. Pelo facebook, os ativistas convocaram o #Panelaço – A cidade é nossa!. “Armados com panelas, caçarolas e latas, sairemos às ruas pelo verdadeiro direito à cidade - não apenas estar na cidade, mas dela fazer parte em todos os sentidos”, diz a convocatória.
O alvo do protesto paulista é a especulação imobiliária. “Imóveis vazios ganham valor, enquanto a vida das pessoas que não podem ocupá-los passa a valer cada vez menos. Favelas são queimadas sem explicação, ocupações sofrem reintegrações constantemente, despejos e realocações de comunidades historicamente organizadas que estão na trilha de Mega Eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, diz o texto.
Os manifestantes darão início ao protesto na Favela do Moinho, atingida por um incêndio no início deste ano, e seguirão com o panelaço até o Vale do Anhangabaú.
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