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"Nanicos" podem influenciar as eleições nos EUA

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Votação nos EUA não afetará relações com o Brasil

Criado em 27/10/12 15h06 e atualizado em 27/10/12 15h33
Por Agência Lusa

Obama e Romney - 4
Obama e Romney disputam as eleições presidenciais dos EUA

Vençam republicanos ou democratas, as relações entre os Estados Unidos e o Brasil devem continuar sólidas, com os norte-americanos aceitando cada vez mais o papel de liderança do Brasil entre os vizinhos latino-americanos.

"Os dois países têm caminhado para um adensamento das relações, não só no contato entre governos, mas entre empresas, centros de pesquisa e universidades, parcerias que saem da influência estatal", considera o pesquisador do Observatório de Política dos Estados Unidos (Obeu), Geraldo Zarahni.

Para o analista, a vitória do atual presidente Barack Obama, nas eleições de 06 de novembro, poderia contribuir apenas pela "continuidade" das equipes, o que facilita e acelera alguns processos de negociação e cooperação que já estão em andamento.

Barack Obama esteve no Brasil em março do ano passado, menos de três meses após a posse da presidenta Dilma Rousseff, que retribuiu a visita em abril deste ano.

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A poucos dias das eleições, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, realizou uma visita a Washington, onde se reuniu com a secretária de Estado, Hillary Clinton, no âmbito do Diálogo de Parcerias Global Brasil-Estados Unidos.

Em conferência à imprensa, quando questionado sobre a falta de referências ao Brasil durante a campanha eleitoral norte-americana, Patriota fez uma interpretação positiva dessa ausência e mostrou-se confiante de que as relações de alto nível continuarão, independentemente do novo líder eleito.

"Acho que o debate [sobre política externa] se concentra mais nos problemas, e hoje Brasil e América Latina são regiões que oferecem mais soluções do que problemas, interpretamos isso de maneira positiva", afirmou.

Para o especialista em Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas, Oliver Stunkel, também é cada vez maior, por parte dos norte-americanos, a aceitação de que o Brasil tem capacidade para cuidar de alguns temas da América Latina, muito mais do que o próprio EUA.

"Há a noção de que o Brasil sabe lidar melhor com questões como Venezuela, Bolívia e Equador [países liderados por uma esquerda radical]. Isso não quer dizer que o Brasil cumpra um interesse norte-americano, mas sim de que há a confiança [dos EUA] de que o país consegue lidar muito melhor com um indivíduo como o Hugo Chávez, por exemplo", observa.

Questões como queixas ao protecionismo brasileiro, ou as críticas à política monetária expansionista dos EUA, do lado do Brasil, são vistas pelos analistas como problemas "pontuais", que sempre vão existir, mas que não afetam o caminho de aproximação e amizade traçado até agora.

"O Brasil ainda é visto como um potencial parceiro pelos EUA em questões geopolíticas, em especial sobre como lidar com a inflexibilidade chinesa em relação ao câmbio e também em relação à Líbia e a Síria, entre os BRICS [Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul], o Brasil é o único que consegue fazer uma ponte com a Rússia e a China de um lado e os EUA do outro", acrescenta Stunkel.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás somente da China. No ano passado, as exportações brasileiras para os EUA totalizaram 25,8 mil milhões de dólares (19,86 mil milhões de euros), um crescimento de 33,7 por cento, em relação a 2010.

Creative Commons - CC BY 3.0

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